Vejamos como se transcrevem foneticamente cesta, sexta e sesta (Portal da Língua Portuguesa):
• Cesta
Lisboa: sˈɐʃ.tɐ
Rio de Janeiro: sˈeʃ.tɐ
São Paulo: sˈes.tə
• Sexta
Lisboa: sˈɐʃ.tɐ
Rio de Janeiro: sˈeʃ.tɐ
São Paulo: sˈes.tə
• Sesta
Lisboa: sˈɛʃ.tɐ
Rio de Janeiro: sˈɛʃ.tɐ
São Paulo: sˈɛs.tə
Observando a transcrição fonética, podemos concluir que cesta e sexta são, de facto, palavras homófonas, ou seja, são pronunciadas de forma idêntica, apesar de terem grafias e significados distintos.
No entanto, não se pode afirmar que essas duas sejam homófonas de sesta, tal como foi sugerido. Embora a semelhança seja evidente, há uma diferença clara na primeira vogal (de acordo com a transcrição fonética, só existe diferença aí). Assim, sesta pode ser considerada parónima em relação a cesta e sexta, uma vez que apresenta semelhanças fonéticas, mas não é pronunciada de forma idêntica.
N. E. (08/02/2025) – Relativamente às pronúncias de cesta e sexta, a pronúncia indicada é, como se refere na resposta, a indicada na fonte de informação, o Portal da Língua Portuguesa. No entanto, falando do português europeu, no Vocabulário da Língua Portuguesa (1966), de Rebelo Gonçalves, atribui-se a cesta a vogal simples [e] (o "ê" fechado], enquanto a sexta, se associa o ditongo [ɐj], tal como se produz e ouve em seis. Nesta perspetiva, cesta e sexta não são palavras homófonas e passam a ser parónimas. Contudo, observe-se que, mesmo no âmbito da definição da pronúncia padrão de Portugal, é possível aceitar que existe certa margem de variação que pode levar a que cesta e sexta sejam muitas vezes palavras homófonas.