Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: substantivo
Mário Pereira Técnico de segurança Leiria, Portugal 3K

Qual o termo mais próprio para significar que as travessas de um andaime têm uma determinada resistência à flambagem? Significa isto torcer, colapsar, derruir, arquear?

Cristina Silva Professora Porto, Portugal 15K

Há dias surgiu-me uma dúvida: Considerando que as palavras derivadas têm origem numa palavra primitiva, como classificar as palavras satisfação, satisfeito, satisfazer, uma vez que não consigo encontrar qual a palavra primitiva, pois todas têm o seu vocábulo latino, que é diferente nos três casos? No entanto, ambas têm um radical comum: satisf-

Sinto-me um pouco confusa, pois, após algumas procuras, concluí que em algumas gramáticas se diz que as palavras derivadas têm origem numa palavra primitiva, ao passo que noutras se diz que têm um radical comum. Qual é a diferença?

Obrigada mais uma vez pela vossa ajuda.

Luís Eduardo Bizin Professor Sydney, Austrália 34K

Eu gostaria de saber mais sobre a origem da palavra saudade. Vasconcellos, 1914, afirma que sua origem teria a ver com solidão, do latim solitas, e que teria incorporado elementos de «salvação», «saúde», «saudação». Há também uma hipótese que teria surgido do árabe. Os árabes haveriam traduzido a melancolia do grego (bile negra) para sua língua e a saudah (negro, preto em árabe) teria originado a saudade portuguesa. O que lhes parece? Será que a palavra teria sido consolidada em 1580 pelos grandes escritores portugueses de então?

Ficarei muito grato por vossa resposta.

Paulo Mario Beserra de Araujo Economista Rio de Janeiro, Brasil 7K

A respeito do comentário em «O Nosso Idioma» Bitaite e bitaitar, de Paulo J. S. Barata, hoje, temos no Brasil uma palavra de significado semelhante, também de origem obscura, tida como regionalismo paraibano, mas que nenhum brasileiro desconhece: é o "pitaco", a opinião dada por quem, normalmente, conhece pouco ou nada de um assunto, mas que faz questão de palpitar, geralmente com disparates. Teria algo a ver com o sábio grego Pitacòs, que era useiro e vezeiro em criar citações sobre assuntos os mais variados, mormente sobre comportamento? Curiosamente, os dicionários gerais brasileiros ainda não a registram.

Vera Mattos Tradutora Rio de Janeiro, Brasil 10K

Após ler seu artigo sobre o assunto, continuo na dúvida sobre a tradução de um termo em inglês que deverá se repetir muitas vezes role-model (profissional, empresa, candidato, organização, etc.).

1. Devo usar hífen, ou não?

2. Como fica a flexão no plural?

Ex.: «profissionais(-)modelo», ou «profissionais(-)modelos»;

«candidatos(-)modelo», ou «candidatos(-)modelos»;

«empresas(-)modelo», ou «empresas(-)modelos»?

Estes termos serão usados em todo o material de comunicação da empresa, daí a minha preocupação em evitar erros crassos.

Desde já agradeço.

Álvaro Faria A{#c|}tor Lisboa, Portugal 6K

Uma vez mais recorro ao Ciberdúvidas, desde já agradecendo a vossa ajuda.

Respondendo à pergunta 22 472, é dada a seguinte definição de atrelado (semelhante à de alguns dicionários que consultei): «veículo sem motor rebocado por outro».

Gostava de saber se não pode também utilizar-se atrelado para um veículo sem motor rebocado por um animal. Não podendo, pedia-vos que me indicassem uma palavra para esse tipo de veículos (isto é, que abranja carroças, coches, etc.).

João Peixoto Professor Porto, Portugal 4K

Qual é a grafia correcta: "catecumenato", ou "catecumenado"? O termo deriva do grego, com a intermediação do latim... Ambas as variantes surgem em publicações oficiais da Igreja Católica. O «velho» Morais conhece as duas formas; o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa não regista nenhuma, embora conheça os "catecúmenos"; Houaiss refere apenas "catecumenato".

Agradeço a vossa opinião.

Mário Pereira Desempregado Leiria, Portugal 6K

Hipovolemia existe só no Brasil, ou também em Portugal? É que não encontro a palavra nos dicionários.

Arminda Magalhães Professora Angra do Heroísmo, Portugal 10K

Na palavra contra-revolucionário, contra é, ou não, um prefixo? Eu não o vejo como tal, visto existir, no nosso léxico, a palavra contra, tendo ela uma autonomia de que não gozam os prefixos (Ex.: «Ele manifestou-se contra a posição oficial da Igreja»). Nesta minha perspetiva, a palavra contra-revolucionário seria formada por composição. Ora, à luz do novo Acordo Ortográfico, as palavras compostas onde «não se perdeu a noção de composição» mantêm o hífen, pelo que me parece que se deva grafar contra-revolucionário (contrassenso já não teria hífen, porque se perdeu a noção de composição da palavra).

Agradeço, desde já, a atenção dispensada.

Francisco Damas Técnico químico Lisboa, Portugal 3K

Estamos a escrever um procedimento de trabalho. Neste indicamos que, se acontecer a «situação X», procedemos à "interdição" de um certo equipamento. Após resolução da «situação X», deveremos proceder à "desinterdição" do equipamento. É no termo que significa o oposto de interdição que nos surgem dúvidas, porque não é uma palavra habitualmente ouvida/escrita/lida...

A palavra "desinterdição" como oposto de interdição existe? Pela lógica parece-me que sim, à semelhança de outras (ligar/desligar, coser/descoser, montar/desmontar, etc.).

Para já e para resolver provisoriamente esta questão (e arranjar um consenso na equipa) resolvermos substituir "desinterdição" por reactivação, embora ninguém tivesse ficado particularmente feliz com esta substituição porque não exprime bem o que pretendíamos.

Agradeço o vosso esclarecimento.