1. A pergunta que faz diz respeito à gramática da língua inglesa. Da consulta de três dicionários de inglês — dois britânicos, o Oxford Advanced Learner´s Dictionary e o Cambridge Advanced Learner´s Dictionary, e um norte-americano, o Merriam-Webster —, verifica-se que a palavra se escreve sem hífen: role model. A palavra tem a flexão de plural mais generalizada em inglês, com -s, no segundo elemento do composto: role models.
2. Quanto aos exemplos portugueses, segue-se o critério definido pelo Dicionário Houaiss para uso de modelo em compostos relativos a estabelecimentos:
«seguindo um subst[antivo], ao qual se liga por hífen, é um determinante específico invariável e significa "estabelecimento que, pela excelência de seu trabalho ou serviços, serve de padrão a outros" (escola-modelo, fazenda-modelo).»
Este critério é generalizável a substantivos designativos de pessoas, referindo-se modelo a «pessoa que, pela excelência, das suas qualidades morais ou profissionais, serve de padrão a outros: profissionais-modelo, candidatos-modelo. Nestes casos, o segundo elemento nominal do composto mantém-se no singular porque especifica o conteúdo semântico do primeiro elemento, definindo um tipo de profissional, candidato ou empresa.
Para que se considerassem adequadas as formas em que o segundo passa ao plural — "profissionais-modelos", "candidatos-modelos", "empresas-modelos" —, seria necessário que a relação entre os elementos dos compostos fosse de coordenação. Ora, parece não haver essa intenção, porque não se pretende fazer referência a entidades que somam duas características independentes (cf. surdo-mudo): existindo, por um lado, como profissionais, candidatos ou empresas, e, por outro, como modelos.