Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Regência
Diogo Maria Pessoa Jorge Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 3K

Agradecendo uma vez mais o vosso incansável e meritório trabalho, pergunto se se deve escrever «assestar a luz na cara» ou «assestar a luz para a cara». Isto porque o verbo assestar pode significar apontar (apontar para...), mas a primeira expressão ouve-se com mais frequência. É um erro? Muito obrigado.

Rita de Almeida Gestora de conta Aveiro, Portugal 1K

A expressão «passadas duas horas, ela foi ver de nós» (no sentido de «foi à nossa procura») está correcta?

Markus Dienel Teólogo Leipzig, Alemanha 10K

Não posso concordar [quando se diz] que é aceitável dizer «eu disse para fazeres isso». Correcto é (e sempre foi assim): «Eu disse que fizesses isso.» E porquê? Porque eu disse: «Faz isso!» Logo, fica: «eu disse que fizesses isso»; mas nunca «eu disse para fazeres isso», pois tal não faria sentido nenhum. Da mesma maneira que se diria: «eu ordenei que fizesses isso», e nunca «eu ordenei para fazeres isso», nem «eu mandei para fazeres isso», mas, sim, «eu mandei que fizesses isso»; pois a ordem, ou o mandado, foi: «Faz isso.» E o mesmo se aplica ao verbo pedir: Eu pedi: «Faz isso.» «Eu pedi que fizesses isso»; e não: «Eu pedi para fazeres isso».

O uso de para seria correto neste caso: «Eu disse aquilo, para te animar»; «eu pedi aquilo, para te animar». Esse erro parece-me, mais, ser uma corrupção pelo inglês, em que se costuma dizer: «I told/ask you to do that», que, vertido literalmente para português, seria, efectivamente: «Eu disse-vos/pedi-vos para fazerdes isso»; mas cuja tradução em português correcto é: «Eu disse-vos/pedi-vos que fizésseis isso» («eu disse-vos/pedi-vos: Fazei isso»). Isto, sim, faz pleno sentido. Erros devem ser condenados prontamente; e não devem ser tolerados, só porque são muitos os que os cometem. E os doutores têm a obrigação de fazer isso mesmo. Quando prevaricam, o erro espalha-se velozmente.

Susana Gregório Professora Málaga, Espanha 76K

A regência do verbo interessar causa-me sempre dúvidas. A frase «eu interesso-me pelo teatro clássico» está correta, não é verdade? No entanto, é também possível expressar a mesma ideia dizendo «eu tenho interesse pelo teatro clássico». A minha dúvida é se se pode igualmente dizer «eu tenho interesse no teatro clássico». No Guia Prático de Verbos com Preposições, de Helena Ventura e Manuela Caseiro, as autoras afirmam que o verbo interessar rege unicamente a preposição por. Contudo, quando expressamos a mesma ideia dizendo – «tenho interesse» –, que preposição devemos usar, em, ou por? Pode dizer-se «eu tenho interesse no teatro clássico»?

Muito obrigada.

Tiago Fonseca Médico Porto, Portugal 3K

Gostaria de saber se, na expressão «Conferência em Glândulas Salivares» (relativamente a um evento científico, tipo congresso), é adequado utilizar-se a preposição em (ou, porventura, se seria preferível outras, como de ou sobre).

Grato.

Sebastião Costa Aguiar Jornalista São Paulo, Brasil 49K

Tenho dúvida sobre a regência correta do verbo influenciar na frase: «aquilo influenciou sua decisão», ou «aquilo influenciou em/na sua decisão»?

Júlio Lima Autônomo e universitário Duque de Caxias, Brasil 28K

Quero saber se está correta essa regência do verbo pedir: «Eu não pedi por comida.»

Abraço.

Armanda Ferreira Professora Viseu, Portugal 24K

Na frase «brindemos ao teu sucesso», «brindemos ao teu sucesso» desempenha a função de complemento indireto, ou de complemento oblíquo?

Vinicius Zorzanello Empresário Gramado, Brasil 5K

Minha dúvida é a seguinte:

«Destinos incríveis é com a Terra Turismo»,

ou

«Destinos incríveis são com a Terra Turismo»?

Paulo de Sousa Gestor Cascais, Portugal 4K

Qual a preposição (se for o caso) que deve reger o verbo correlatar/correlatar-se na seguinte frase: 

«A causa da morte correlata [?] uma paragem cardíaca.»