A regência de assestar – verbo transitivo direto e indireto, isto é, usado com complemento direto e complemento indireto ou oblíquo – pode ser construída com as duas preposições em questão e mesmo com outras:
a) «assestar alguma coisa para...»: «Os olhos, que à força de se assestarem para o céu, só cansados se podem baixar à terra» (Aquilino Ribeiro, Por Obra e Graça, 1939, citado pelo dicionário da Academia das Ciências de Lisboa – ACL);
b) «assestar em...:»: «Assestar a calúnia seus tiros contra alguém, ou em alguém» (dicionário de Morais, citado por Dicionário de Verbos e Regimes, de Francisco Fernandes);
c) «assestar alguma coisa contra...»: «Mandou assestar a artilharia contra as três companhias formadas em frente do forte» (Camilo Castelo Branco, Luta de Gigantes, citado pelo dicionário da ACL);
d) «assestar alguma coisa a...»: «Assesta o óculo de longa mira às brumas do horizonte» (Camilo Castelo Branco, Boémia do Espírito, citado pelo dicionário da ACL).
O verbo assestar pode ainda ser usado apenas como verbo transitivo direto: «assestar a luneta» (Francisco Fernandes, Dicionário de Verbos e Regimes).