Elaborei uma questão sobre o advérbio nunca que gerou duplicidade na sala de aula.
A questão é baseada numa tirinha onde o rapaz dizia para a moça: «Abrace-me! Beija-me! Nunca deixa-me!», e a moça responde: «Tudo bem, mas antes dá para acertar o pronome?».
O humor consiste na moça fugir do rapaz quando ele erra a colocação pronominal, pois cortou o clima que havia entre eles. Compreendemos claramente que há um erro de colocação pronominal, uma vez que deveria ser uma próclise, e não ênclise, devido à palavra atrativa, que é um advérbio.
A dúvida é a seguinte: o nunca, nesse contexto é advérbio de negação ou de tempo?
Ajudem-me por favor!!!! A maioria dos professores de língua portuguesa acham que é uma negação e poucos concordam comigo que é tempo.
Gostaria de saber quando usar de já e mais, por exemplo, «já não tenho ganas de o fazer», «não tenho mais ganas de o fazer».
Júlio Moreira refere que é erro usar de mais em lugar de já. Mas a que situações é que esse uso se aplica? Em que casos é que se emprega «já não» e «não mais»? Lendo José Luís Peixoto, tenho vindo a observar a presença de já não, embora noutras passagens ele se valha de não mais. Quando é que se deve usar «não mais» e quando «já não» de acordo com a norma culta portuguesa?
Reconhecido imensamente ao vosso trabalho.
Na frase «Nem por sombras!», como podemos considerar a sua polaridade? Negativa ou afirmativa?
Gramáticos há que rechaçam a expressão «outro que não», dando-lhe como alternativa «outro que» (nunca «outro que não eu», mas «outro que eu», a título de exemplo).
Qual a explicação de tal?
Qual a formulação correta? «Não gosto de tudo o que me lembra defuntos», ou «não gosto de nada que me lembre defuntos»?
«Bastava o levantar de asas da notícia de um novo morto, para que ele se apressasse em esmiuçar os detalhes mórbidos, sem distinção de parentesco, de fama ou de posição social.»
Pergunto; na frase acima deve-se usar a conjunção nem, em vez da conjunção ou?
Obrigado.
É correto dizer «Não faltou ninguém»? Não estamos a dizer o oposto?
Há dias, ouvi alguém dizer que não andava a fazer "nestum". Parece a mesma palavra que a conhecida marca comercial, ou será o mesmo que «nada»? Como apareceu esta expressão?
Veja-se a seguinte frase:
«Esta não é notícia que se possa nem se deva divulgar.»
Veja-se esta outra (em que se altera a posição do advérbio não):
«Esta é notícia que não se possa (pode) nem se deva (deve) divulgar.»
Minha dúvida se situa justamente sobre a aparente necessidade de se empregar o tempo no indicativo (que me parece soar melhor) em virtude da simples modificação da posição do advérbio na frase.
Gostaria de um esclarecimento, o qual desde já agradeço.
Na frase a seguir, a conjunção nem foi bem empregada? Não deveria ligar orações de igual natureza, no caso, negativa (não... nem)?
«Como eles se convenceram de que este novo federalismo fiscal será indolor nem implicará austeridade, ninguém percebe.»
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