Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Negação
Luceni Cristina Rocha Professora Conceição do Mato Dentro, Brasil 15K

Elaborei uma questão sobre o advérbio nunca que gerou duplicidade na sala de aula.

A questão é baseada numa tirinha onde o rapaz dizia para a moça: «Abrace-me! Beija-me! Nunca deixa-me!», e a moça responde: «Tudo bem, mas antes dá para acertar o pronome?».

O humor consiste na moça fugir do rapaz quando ele erra a colocação pronominal, pois cortou o clima que havia entre eles. Compreendemos claramente que há um erro de colocação pronominal, uma vez que deveria ser uma próclise, e não ênclise, devido à palavra atrativa, que é um advérbio.

A dúvida é a seguinte: o nunca, nesse contexto é advérbio de negação ou de tempo?

Ajudem-me por favor!!!! A maioria dos professores de língua portuguesa acham que é uma negação e poucos concordam comigo que é tempo.

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 16K

Gostaria de saber quando usar de e mais, por exemplo, «já não tenho ganas de o fazer», «não tenho mais ganas de o fazer».

Júlio Moreira refere que é erro usar de mais em lugar de . Mas a que situações é que esse uso se aplica? Em que casos é que se emprega «já não» e «não mais»? Lendo José Luís Peixoto, tenho vindo a observar a presença de já não, embora noutras passagens ele se valha de não mais. Quando é que se deve usar «não mais» e quando «já não» de acordo com a norma culta portuguesa?

Reconhecido imensamente ao vosso trabalho.

Catarina Isabel Galvão Oliveira Professora do 1º ciclo Anadia, Portugal 2K

Na frase «Nem por sombras!», como podemos considerar a sua polaridade? Negativa ou afirmativa?

Bruno Melchiori Estudante São Paulo, Brasil 4K

Gramáticos há que rechaçam a expressão «outro que não», dando-lhe como alternativa «outro que» (nunca «outro que não eu», mas «outro que eu», a título de exemplo).

Qual a explicação de tal?

Maria Adelaide Miranda Vaz de Carvalho Aposentada Braga, Portugal 3K

Qual a formulação correta? «Não gosto de tudo o que me lembra defuntos», ou «não gosto de nada que me lembre defuntos»?

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 5K

«Bastava o levantar de asas da notícia de um novo morto, para que ele se apressasse em esmiuçar os detalhes mórbidos, sem distinção de parentesco, de fama ou de posição social.»

Pergunto; na frase acima deve-se usar a conjunção nem, em vez da conjunção ou?

Obrigado.

Sónia Carreira Leiria, Portugal 5K

É correto dizer «Não faltou ninguém»? Não estamos a dizer o oposto?

Joaquim Lapa Reformado Anadia, Portugal 4K

Há dias, ouvi alguém dizer que não andava a fazer "nestum". Parece a mesma palavra que a conhecida marca comercial, ou será o mesmo que «nada»? Como apareceu esta expressão?

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 7K

Veja-se a seguinte frase:

«Esta não é notícia que se possa nem se deva divulgar.»

Veja-se esta outra (em que se altera a posição do advérbio não):

«Esta é notícia que não se possa (pode) nem se deva (deve) divulgar.»

Minha dúvida se situa justamente sobre a aparente necessidade de se empregar o tempo no indicativo (que me parece soar melhor) em virtude da simples modificação da posição do advérbio na frase.

Gostaria de um esclarecimento, o qual desde já agradeço.

Maria Pereira Professora Lisboa, Portugal 17K

Na frase a seguir, a conjunção nem foi bem empregada? Não deveria ligar orações de igual natureza, no caso, negativa (não... nem)?

«Como eles se convenceram de que este novo federalismo fiscal será indolor nem implicará austeridade, ninguém percebe.»