Será possível ao Ciberdúvidas saber se a origem da palavra cara-metade (um dos cônjuges em relação ao outro) é mitológica?
E em que circunstâncias entrou este substantivo na língua portuguesa? Não encontrei respostas a estas questões em nenhum dicionário que consultei.
Ainda sobre esta designação, será o português a única língua que tem esta palavra formada de cara + metade?
Exemplos: inglês, better half; francês, ma moitié1, âme sœur; espanhol, alma gemela; italiano, anima gemella, etc.
Gostaria de saber se existe alguma diferença de sentido entre o uso de ainda que / embora / mesmo que.
Por exemplo:
– Ainda que hoje tenha tempo, não vou às aulas.
– Mesmo que hoje tenha tempo, não vou às aulas.
– Embora hoje tenha tempo, não vou às aulas.
Li num livro que a locução/conjunção usada dependeria de saber se é de um facto real (realmente tenho tempo mas, na mesma, não vou às aulas) ou de um facto hipotético (não sei se terei tempo, mas caso tenha, não vou às aulas). Isto é verdade? Pesquisei em várias gramáticas e em nenhuma encontrei tal distinção, é por isso que fiquei com a dúvida.
Muito obrigada pela atenção dispensada.
Estará errado dizer «erro ortográfico» e «bonita caligrafia»?
Será incoerente realmente?
Obrigado.
Numa resposta anterior sobre «partilhar e compartilhar», apresenta-se um exemplo que tem justamente que ver com a minha dúvida:
«Homens e mulheres, apesar de diferentes, partilham da mesma essência.»
A minha dúvida prende-se com o «da»: porque não «partilham a mesma essência»?
Obrigado.
Na frase seguinte, qual é o significado de «era ver» no começo da frase?
Podia dar-me mais exemplos dessa combinação de verbo ser e ver?
«Era ver os espanhóis todos na grande risota, alguns a mandarem umas bocas, como "limpaste o rabo, pá?".»
Muito obrigado.
A definição de dar-se em expressões fixas tais como «dar-se ao trabalho» ou «dar-se ao desfrute» é "Agir de determinada forma ou ter determinado comportamento ou iniciativa" conforme o dicionário Priberam (acepção #59).
Eu estava me perguntando se dar-se construído sem (a)o em expressões idiomáticas como «dar-se conta de» ou «dar-se pressa», «dar-se tom», «dar-se ares de» tem o mesmo significado literal, porque não consegui encontrar uma definição diferente na lista do dicionário.
Obrigado.
Relativamente à frase «O capitão foi avisado de que iria dar Ø tempestade», é possível reparar que na mesma não foi usado o determinante artigo indefinido.
Qual seria a recomendação? Dispensa-se?
Obrigado.
Não consigo encontrar, em parte nenhuma, a origem do nome Balcão.
Balcão pode ser usado como: nome intermédio ou sobrenome, sendo a sua utilização como nome intermédio o mais frequente.
Alguns dizem que provém duma alcunha, que depois se tornou nome, mas não consigo encontrar a resposta.
Espero que o Ciberdúvidas me possa ajudar.
Existe em português, do ponto de vista gramatical, a designação «verbo composto»?
Na língua inglesa, chama-se compound verb ou complex predicate ao verbo que consiste em pelo menos duas palavras ou por uma palavra composta (combinação de dois nomes). Este tipo de verbos divide-se geralmente em quatro grupos:
(1) «prepositional verbs» [verbos preposicionados (?)] – verbo + preposição (os dois elementos não são geralmente passíveis de separação);
(2) «phrasal verbs» [verbos sintagmáticos (?)] – verbo + partícula (preposição ou advérbio, ou ambos, sendo os dois elementos passíveis de separação);
(3) «verbs with auxiliaries» [verbos com auxiliares (ser ou estar)] – ser/estar + verbo;
(4) «compound single-word verbs» [verbos constituídos por uma palavra composta (podendo esta estar separada por um hífen) – Ex. «daydream» (fantasiar) ou «sight-read» (ler de improviso).
Grato pela atenção.
Há pouco tempo li alguns excertos do Regulamento para a policia e exploração dos caminhos de ferro... (Lisboa, 1868).
Aqui é utilizada a palavra trem e existe o chefe de trem. Mas no mesmo manual, que estava distribuído a todos os trabalhadores ferroviários, também aparece a palavra comboio, aparentemente com um significado ligeiramente diferente. Portanto houve um período em que se utilizou em Portugal a palavra trem.
Por exemplo, aparecem os dois termos nesta frase:
«Na testa do trem, e a seguir ao tender, irão tantos wagons que não transportem passageiros quantas as locomotivas que rebocarem o comboio […]; as carruagens e wagons que entrarem na composição de um trem de passageiros serão ligados de maneira que as almofadas de choque estejam em contacto.»
Como estudiosos da língua portuguesa saberiam indicar a diferença(s) que neste período era atribuída à definição de trem e comboio em Portugal?
Obrigado.
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