Gostaria de saber em quais circunstâncias devo usar «em direção a» ou «na direção de» e qual a diferença.
Recentemente e graças a um dos contactos em minha rede social, eu aprendi a existência da palavra énantiosème e o seu significado – uma palavra que pode significar algo e o seu contrário, como, em francês, apprendre e hôte. De pronto, parti em busca de exemplos na língua portuguesa, mas eu não os encontrei; não encontrei nem mesmo registos para a sua tradução enantiossema.
Poderiam, se faz favor, partilhar algum conhecimento sobre este assunto?
Desde já, agradeço a atenção e também a permanência deste interessante e rico repositório de conhecimentos sobre a língua portuguesa.
Na frase «[…] uns feixes de mato a ziguezaguearem e a andarem e a pararem […]», podemos considerar a existência de uma enumeração para além da personificação nela existente?
Estou a fazer uma pesquisa sobre o meu apelido materno Charneco e vejo que em Portugal, para além de ser um apelido, também é usado como alcunha. Gostaria de saber a etimologia ou origem desta palavra.
Muito obrigado
Ouço regularmente falar de enclave a respeito de Gaza.
Para ser enclave tem de estar totalmente rodeado, sem saída para o mar, pelo que qualquer pessoa que queira sair tem de passar por outro território. É o caso Nagorno-Karabak, sempre bem denominado como enclave.
Agradecia um esclarecimento
Ao ler um texto de 1857, de autoria de um brasileiro, topei com uma palavra nova (para mim): jesuítico.
O contexto era insultuoso: o autor falava de alguém «atrevido e jesuítico». Os dicionários esclarecem-me que, além de referir-se a assuntos atinentes à ordem dos jesuítas, o adjetivo jesuítico ganhou uma acepção pejorativa. Algumas definições: «que é considerado fingido ou dissimulado», diz o Priberam; «fingido, dissimulado», ecoa o Caldas Aulete; «que não merece confiança; hipócrita», informa o Michaelis.
Minhas perguntas:
Qual é a origem dessa palavra em sua conotação depreciativa?
Tem algo que ver com a política anti-jesuítica do Marquês de Pombal?
Era comum, na época do marquês e depois dele, pespegar nos jesuítas a mácula da hipocrisia, do fingimento ou da dissimulação?
É possível ouvir-se ainda hoje, em Portugal, a mesma palavra pejorativamente?
Muito obrigado!
Tenho ouvido e lido «a envolvência da população...» (em determinado evento, celebração, acontecimento).
Deve dizer-se assim ou será mais correto «o envolvimento da população em»?
Agradeço a disponibilidade.
Qual a forma correta?
«Ele subiu dois lanços de escadas.»
ou
«Ele subiu dois lanços de escada.»
ou
«Ele subiu dois lanços das escadas.»
Tenho dúvidas acerca da formulação «Ele olhou à volta/em redor da sala», com o sentido de alguém estar dentro de uma sala ou de um espaço fechado e olhar a toda a sua volta. Este uso está correto?
«Em redor» ou «à volta de uma sala» não seria aquilo que está no seu exterior e que a circunda?
A palavra aposento, faz algum sentido na seguinte denominação Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita (GFA MOITA)?
Moita é a localidade do grupo, mas como aposento é nome masculino – «1. parte de uma casa que pode servir para uma ou mais pessoas se instalarem; quarto 2. pousada» –, não vejo que sentido faz a palavra aqui aplicada, pois numa leitura simples será «a casa da Moita», o que não faz sentido algum, pois os forcados não são a casa da Moita.
Este grupo GFA MOITA formou-se em 1975. Acontece que existia, e existe desde 1964, o Grupo de Forcados do Aposento do Barrete Verde de Alcochete. Antes, em 1944, foi fundado o Aposento do Barrete Verde de Alcochete (coletividade), que tem a sua sede social com este nome; em 1964 surge o Grupo de Forcados do Aposento do Barrete Verde de Alcochete. Em minha opinião aqui faz sentido, pois os forcados são do Aposento do Barrete Verde de Alcochete, que é uma instituição.
Já o Aposento da Moita não me parece que faça sentido, pois é como dizer Grupo de Forcados do Aposento («a casa da Moita»,«quarto de descanso», «pousada»...) da Moita.
Gostaria da vossa sábia opinião.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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