Tenho uma dúvida sobre as palavras neófilo e neófito. Me parece ser muito sutil a diferença, mas ainda persiste a dúvida. Poderiam esclarecer melhor?
Por favor, esclareçam a todos. Entre os brasileiros, está tornando-se comum o uso da palavra «noético(a)» como se esta estivesse relacionada a ou fosse derivada de Noé, a personagem bíblica.
Por outro lado, sabemos que em português existe a forma “Noá” (de "Noah"). Portanto, poliónimos ou palavras derivadas de Noá (variante de Noé) (para relativo a, para proveniente de, e para que se refere a) só podem ser: {noá+ico} noaico(a), {noá+ita} noaíta, e {noá+ítico} noaítico(a). Como em inglês existem "noahic", "noahite" e "noahitic". Confere? Jamais “noético”, até porque noético(a) é outra coisa (em inglês, "noetic"). Confere?
Qual é o nome correto que se dá àquele que é natural da Prússia? Vejo muitas vezes o uso do termo prussiano, no entanto, fico sempre incerto dada a aparente origem brasileira do termo, na medida em que os brasileiros também usam gentílicos como polonês em vez de polaco e israelense em vez de israelita. Ainda assim, não sei se o termo prusso existe, apesar de seguir o raciocínio que dá origem ao gentílico da Rússia, russo. Gostaria, portanto, de saber a versão correta do português europeu.
Em 12/12/2008, a RTP noticiava o seguinte: «Guilherme Silva, deputado do PSD e também vice-presidente da Assembleia da República, afirmou em entrevista à jornalista Maria Flor Pedroso, que a falta de deputados esta manhã no Parlamento, ausências que levaram ao cancelamento da reunião, se trata de uma situação inadmissível e inaceitável.»
Na generalidade, os dicionários da língua portuguesa dão os adjetivos «inadmissível» e «inaceitável» como termos sinónimos. No entanto, a expressão frequentemente ouvida, «inadmissível e inaceitável», parece fazer transparecer que os dois termos não apenas se reforçam, mas que também se completam, pois terão significados próximos, embora diferentes. Se for o caso, como explicar a sinonímia que os dicionários lhes atribuem? Não sendo, estará essa expressão incorreta?
A expressão «Ah, tá!» é uma locução interjetiva ou são duas interjeições separadas?
Obrigado mais uma vez.
Não tenho total certeza do significado do termo «descarga de consciência», mas entendo que significa ter a certeza de que estou de consciência tranquila. Por exemplo, penso que é como quando vamos para a rua e nos lembramos se deixámos a porta de casa bem fechada, e então voltamos atrás somente para ter a certeza de que, de facto, deixámos mesmo a porta fechada. Mesmo se antes de voltar atrás, temos a noção de que fechámos a porta. Resumindo, julgo que descarga de consciência é mesmo para estarmos seguros de que estamos mesmo de consciência tranquila. É como se fosse um comprovativo. É como um carimbo. Pergunto também se é descarga (com a) ou descargo (com o) de consciência.
Agradeço o vosso esclarecimento.
Gostaria de saber como se chama uma loja só de cocktails, em português europeu. Coctelaria, coquetelaria?
Muito obrigada!
«Caiu para sempre», em vez de morreu, que recurso expressivo é?
Obrigado.
Gostaria de saber a vossa opinião sobre a presença da sinestesia nos seguintes exemplos: a) «deixando atrás de si como uma claridade, um reflexo de cabelos de oiro, e um aroma no ar»; b) «um dia de inverno suave e luminoso».
Obrigada pela ajuda!
Na imprensa escrita e, sobretudo, nas redes sociais, cada vez mais vemos as expressões “eh, pá”, “oh, pá”/”ó pá” escritas numa só palavra: “epá”, “opá” e até “épa” e “ópa”, quando não com dois acentos.
Terá isto alguma razão? Será um modismo, ignorância ou estas palavras existem mesmo? É que hoje li, no Observador, datado de 14.5.2017, o seguinte:
«Luiz Pacheco recorda-se desse dia, 1 de Maio de 1962:
"Era um 1.º de Maio. Havia uma manifestação muito grande em Lisboa… havia greve, talvez… opá houve mortos e tudo, houve polícias que foram parar dentro do Lago do Rossio (…)"».
Tentei procurar se o Ciberdúvidas já tinha publicado algo sobre isto, mas nada encontrei.
Muito obrigado.
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