Nas fontes aqui consultadas, não se encontrou moco nem «em moco» na aceção descrita na pergunta.
No Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (1.ª edição, 1899), de Cândido de Figueiredo, regista-se moco, um uso da gíria, com o significado de «pateta, idiota».
Não se exclui que moco seja o mesmo que monco, ou seja, «muco do nariz», portanto originário do latim mucu-, com o mesmo significado.
Pode sugerir-se que o uso de «em moco», relacionado com crias de aves, decorra de um emprego especial da palavra, quando denota «Excrescência carnosa pendente do bico do peru, ou que se estende sobre ele», de acordo com uma obra da lexicografia galega, o Dicionário Estraviz. Sendo assim, talvez o aspeto das crias evoque o moco do nariz ou o moco dos perus.
Moco, no contexto galego, pode ainda ser um derivado de moca, na aceção de «pau grande, maça», e, com o aberto, referir um grande pedaço de pão. Estes significados não parecem estar na origem de «em moco», referido a aves.