Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Expressões idiomáticas
Farajollah Miremadi Engenheiro Lisboa, Portugal 1K

Na frase seguinte, deve-se utilizar a palavra vida em plural ou bem singular?

«Carlos Moedas disse que se lembrou perfeitamente de um outro incêndio, também em Lisboa, no qual duas pessoas perderam a vida.» (ou «as vidas»?)

Obrigado.

Ricardo Alves Engenheiro do Ambiente Lisboa, Portugal 1K

Qual a versão corretamente bem escrita: "nada por aí além" ou "nada por aí e além"?

Graça Pinto Assistente de Administração Leça da Palmeira, Portugal 972

Gostaria que me dissessem o que significa a frase «estou com uma rebarba».

Julian Alves Estudante Roma, Itália 701

Não estou seguro da pergunta que vou fazer, pois não tenho certeza de como a expressão é escrita.

Mas eu gostaria de saber se a expressão «da hora que…» ou «das horas…» é de origem antiga e se enraizou por isso no dia a dia, pois é muito ouvida numa situação de impaciência. Ex.: «Das horas que eu estou aqui nesta fila esperando e não sou atendido.»

Desde já, obrigado.

Miguel Lamas Técnico superior Lisboa, Portugal 561

Li recentemente o livro De Deus e do Homem, publicado em 1945 pela Bertrand. Trata-se de uma coletânea de textos de Pascal, escolhidos, prefaciados e traduzidos por Dinis da Luz. Nela, a dado passo refere-se:

«E assim lhes dão escargos e negócios que os põem numa safra-nafra desde o romper do dia» (p. 154).

Sobre esta frase tenho duas questões:

Nunca ouvi ou li a palavra safra-nafra mas pelo contexto parece-me que o seu sentido será equivalente a «lufa-lufa». Atendendo a que safra significa «grande atividade ou trabalho intenso», «afã» ou «azáfama», será que poderá ter surgido, por via onomatopaica, «safra-safra», e depois, por corruptela, «safra-nafra», ou o «nafra» ali será apenas uma gralha?

Também nunca me deparei com a palavra «escargo» que parece ali significar encargo, será uma outra forma de grafia da palavra «encargo», até porque «descargo» significa «pagamento de um encargo», ou apenas uma gralha?

Podem esclarecer, s.f.f.?

Muito obrigado.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 1K

Relativamente à expressão idiomática «pedra no sapato», perguntava-vos se a mesma pode ser acompanhada, dependendo do contexto, dos verbos estar ou ficar.

Obrigado.

Francisco Albuquerque Picado Matemático Oeiras, Portugal 1K

Uma expressão portuguesa que acho curiosa é «aqui à/há atrasado».

Com esta transcrição vem a minha primeira dúvida: à ou ?

Segunda dúvida, é uma expressão do registo formal ou registo popular?

Terceira dúvida, qual seria a sua origem?

Agradeço o comentário.

Joaquim Fernández Tradutor Barcelona, Espanha 999

Li a seguinte frase no título de um artigo e a mesma expressão ocorre várias vezes no texto do mesmo: «Empresas em contracorrente».

É correto ou teria de ser "a contracorrente"? Ou é indiferente? Se este for o caso, algumas delas é mais usual?

Obrigado.

Helene Rais Empregada Lagos, Portugal 908

Que significa "p. e p." no contexto seguinte: «factos susceptíveis ... de configurar a prática do crime de furto qualificado , p. e p. pelo art.204.º, ... do Código Penal»?

Agradecida.

José Luiz Ferreira Reformado Lisboa, Portugal 747

Em qualquer provérbio o que interessa verdadeiramente (creio) é o seu alcance, o seu sentido conotativo.

Por vezes, estou também em crer, o seu enunciado, que, duma forma geral ou frequente, tende a ter ritmo e rima, pouco terá a ver com a alegoria para que aponta. E aí é que bate o ponto. Dois exemplos de tais provérbios:

1. «Se não fora o Pindo e a Panadeira, todas as velhas iam à Ribeira»

2. «Acudam Cela, Parada e Outeiro, que arde o centro da religião do mundo inteiro.»

Neste último, e na sua vertente denotativa, parece clara a advertência: acuda o mundo todo, mesmo os lugares mais pequenos (na imagem: as três mencionadas freguesias do concelho de Montalegre), porque Roma está em chamas. Já o sentido conotativo da sentença penso que poderá ser o seguinte: perante uma calamidade, uma catástrofe, a congregação de todos os esforços para ajudar a vencê-la não são demais. Ora o enunciado deste, se bem que, à primeira vista, não seja de fácil atinência, sempre se chega lá.

Gostava, no entanto, que me confirmassem ou infirmassem o meu raciocínio.

Já quanto ao primeiro: Pindo, quanto julgo saber, será o mesmo que Pindelo, nome de vários lugares ou freguesias do nosso país. Panadeira, acho que é uma espécie de tamboril. Dando isto como certo, não alcanço a alegoria.

Naquele primeiro ditado é que não vislumbro a conotação que se pretende com os termos do texto. Sei que em muitas sentenças populares, repito, a letra pouco (ou nada) tem a ver com a "careta" (passe o plebeísmo).

Sobretudo para o primeiro ditado peço a vossa esclarecida opinião e ajuda.

Grato.