Já aprendi a pronunciar correctamente têm há dez anos, mas a fonética do português continua a ser um mistério... Algumas dúvidas:
— Acontece com como e porque a mesma coisa que com para: /kumu/ e /purki/? É isso que eu ouço mas não tenho a certeza.
— Tem ou pode ter redução a palavra questão?
— A pronuncia /kas/ para «com as» tem conotações negativas em Portugal. Como galego, tendo sempre a dizer /kas/, já que é a única maneira de pronunciar este sintagma na Galiza.
Muito obrigado.
As palavras arboredo e arvoredo substituem-se uma à outra, ou o contexto em que cada uma é usada é diferente?
Esta dúvida surgiu na sequência da abordagem a um exercício num manual de Língua Portuguesa, do 3.º ano de escolaridade, e foi discutida entre algumas colegas docentes, mas não conseguimos chegar a um acordo.
De acordo com o mesmo manual, na palavra ontem, a vogal o é nasal. Perguntamos: e a vogal e? Algumas colegas não a consideram nasal, por não ter til nem estar junta a "n". No entanto, para além de estar junta a "m", formando o grafema "em", tem o som semelhante a "ãe", que é um ditongo nasal. Assim, agradecemos um esclarecimento relaivamente às vogais nasais.
Verifico que alguns dicionários editados no Brasil registam as palavras surfar, surfista e surfe.
A minha pergunta é: como se pronunciam estas palavras no Brasil?
Muito obrigado pela vossa atenção.
Diz-se "irradicar"/"irradicação", ou "erradicar"/"erradicação"?
A propósito de «"i(e)rradicar" a pobreza» (tirar o mal pela raiz ou acabar com) há dicionários que escrevem de uma maneira e outros de outra.
Agradeço que me elucidem.
Gostaria, primeiramente, de agradecer ao professor Carlos Rocha que tão gentilmente respondeu a minha pergunta que recebeu o título de “Africadas, fricativas e galego-português”.
Entretanto, tomo a liberdade de pedir alguns esclarecimentos, sobre aspectos que, ainda, não pude compreender perfeitamente, esperando que não seja incómoda a minha nova pergunta sobre assunto que, anteriormente, já abordara:
I) Qual é a diferença de uma consoante fricativa e uma africada?
II) No galego-português medieval havia somente os seguintes sons: [ts], [s], [dz] e [z], sendo excluído os sons apicoalveolares?
III) As palavras atualmente escritas em português com "s-", "-s-" "-ss-",como "sapato", "casa","passo", eram outrora pronunciadas como, atualmente, pronuncia-se o "z" na pronúncia do espanhol de Madri, ou seja [ө]?
Desde já muito agradeço a tão gentil atenção a mim concedida.
Fiquei sabendo que no português antigo a palavra flor era pronunciada e grafada como "chor", visto que o grupo "fl-" do latim transformou-se, em galego-português, em "ch". Gostaria de obter mais informações sobre a ocorrência da palavra "chor".
Consultei já os devidos esclarecimentos acerca da dupla grafia do vocábulo ide[é]ia. Contudo, continuo sem perceber porque é que no Brasil se acentua o e. É pelo facto de a pronúncia brasileira abrir o ditongo ei?
Ainda, a palavra ide[é]ia é bi- ou trissilábica? Como se classifica em termos de acentuação da sílaba tónica?
Por fim, em Portugal não me lembro de aprender na escola os termos proparoxítona, paroxítona e oxítona, mas os sinónimos esdrúxula, grave e aguda são-me completamente familiares. É normal, em Portugal, utilizar-se a nomenclatura que referi por último?
Tenho lido que o antigo galego-português fazia uma diferenciação na pronúncia das palavras paço, passo e entre cozer e coser, o que explicaria as diferentes grafias. No português actual restaria somente a diferenciação entre [s] e [z]. Em Trás-os-Montes tal sistema ainda subsistiria. Gostaria de saber, especificamente, como eram esses quatro fonemas, que se perderam na língua-padrão. Haveria a possibilidade de comparação desses sons com alguma outra língua, como se processou a evolução fonética?
Muito obrigado.
Na empresa onde trabalhamos temos mineiros, cariocas e muita gente do interior paulista.
Qual o sotaque mais correto? Por exemplo, no interior falamos porta. Já o mineiro fala porta arrastando o r...
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