Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Pronúncia
Adriano Castro Web-developer Londres, Reino Unido 10K

Consultei já os devidos esclarecimentos acerca da dupla grafia do vocábulo ide[é]ia. Contudo, continuo sem perceber porque é que no Brasil se acentua o e. É pelo facto de a pronúncia brasileira abrir o ditongo ei?

Ainda, a palavra ide[é]ia é bi- ou trissilábica? Como se classifica em termos de acentuação da sílaba tónica?

Por fim, em Portugal não me lembro de aprender na escola os termos proparoxítona, paroxítona e oxítona, mas os sinónimos esdrúxula, grave e aguda são-me completamente familiares. É normal, em Portugal, utilizar-se a nomenclatura que referi por último?

Victor Villon Pós-graduando em História Rio de Janeiro, Brasil 11K

Tenho lido que o antigo galego-português fazia uma diferenciação na pronúncia das palavras paço, passo e entre cozer e coser, o que explicaria as diferentes grafias. No português actual restaria somente a diferenciação entre [s] e [z]. Em Trás-os-Montes tal sistema ainda subsistiria. Gostaria de saber, especificamente, como eram esses quatro fonemas, que se perderam na língua-padrão. Haveria a possibilidade de comparação desses sons com alguma outra língua, como se processou a evolução fonética?

Muito obrigado.

Talita Cândido de Souza Estudante São Joaquim da Barra, Brasil 9K

Na empresa onde trabalhamos temos mineiros, cariocas e muita gente do interior paulista.
Qual o sotaque mais correto? Por exemplo, no interior falamos porta. Já o mineiro fala porta arrastando o r...

Manuela Alves Professora aposentada Porto, Portugal 7K

Encontrei a forma "cossado" num livro. Informo que se trata de uma edição de 1906, da Empreza de Historia de Portugal, da obra Os Pobres, de Raul Brandão, e que a palavra surge assim contextualizada:

«Lá ia indo pela vida fóra, cossado e com um ar de afflicção que fazia rir. Parecia amachucado: as marcas dos encontrões nunca mais lhe sahiam» (pág. 37).

«Já cossados e gastos, todos os dias diziam as mesmas palavras e passavam pelas mesmas afflicções» (pág. 72).

«Humilde, cossado, á espera da esmola, sem forças para protestar, respondia com um sorriso e lagrimas á mistura» (pág. 138).

Grata pela atenção dispensada.

Tiago Nené Jurista e escritor Faro, Portugal 5K

Existe a palavra pronúncio enquanto substantivo de pronunciar?

Não encontro nos meus dicionários, mas já me garantiram que existia...

Obrigado.

Olga Ravara Estudante Lisboa, Portugal 4K
A palavra puzzle (já nos nossos dicionários) deve ler-se "pázl", "pâzl", ou "puzl"?
Muito grata.
Santa Técnico Oeiras, Portugal 8K

Ainda sobre o termo rugby, a adopção da pronúncia "reigbi" pela generalidade dos portugueses tem só que ver com ignorância por um lado e esperteza saloia por outro. Ignorância porque, ouvindo pronunciar a palavra em inglês, grafámo-la "ragbi" (por transcrição fonética); e esperteza saloia, porque olhando para a nossa grafia mas sabendo que a palavra é de origem saxónica, passámos a lê-la à inglesa, ou seja, "reigbi". Lindo, "né"?

A propósito, Rugby é o nome de uma cidade inglesa no condado de Warwickshire em cuja escola, segundo a lenda, um tal Webb Ellis terá inventado a modalidade.

Lee Rogers Professor de Natação Carmarthen, País de Gales 16K

Estou a aprender português e gostaria de saber se existe uma regra sobre a pronúncia da letra e. Na palavra mesa, o e pronuncia-se "é", mas na palavra reservada pronuncia-se "e".

Agradeço a vossa opinião.

Sandra Regina Arantes Aposentada Penápolis, Brasil 172K

Qual a forma correta? «Nada mal para uma geração que brincava na rua...», ou «Nada mau para uma geração que brincava na rua...»?

José M. Órfão Portugal 16K

Gostava de saber como  se deve pronunciar a palavra menu.

Penso, creio, que é mais correcto pronunciar "mènu", embora concorde que se deva dar preferência aos vernáculos cardápio ou ementa.

A forma "m´nu" é apenas um dos erros copiosamente fornecidos pelo "lisboês", dialecto espúrio da região de Lisboa (como "m´tadona", "P´nacova", "v´lhice", "cadav´res", "lid´res"), em que o pobre do e é assassinado a sangue-frio. Sugiro a reciclagem do "lisboês", com o "vermâlho", o "Luxamburgo", o "friu" e outras pérolas que tais. Trabalho ciclópico, mas altamente patriótico.