Voltando à questão, já abordada, de termos como «Estado-membro», grafados com ou sem hífen, um dos consultores do Ciberdúvidas afirma a dada altura, nos seus esclarecimentos: «... é a mesma regra (sem hífen), quando nos referimos a clube membro, empresa associada, sócio gerente, administrador delegado, etc., etc.».
No entanto, a minha dúvida tem que ver com a questão daquilo a que, à falta de melhor, chamarei de «simultaneidade» da situação do sujeito. Explico-me: «sócio-gerente» não deverá grafar-se com hífen, precisamente por a pessoa ter a qualidade de ser simultaneamente «sócio» e «gerente» da empresa? A palavra «gerente», pelo que vi no dicionário, tanto pode ser um adjectivo, e, neste caso, sim, estaria apenas a qualificar o sócio (portanto não se justificaria a utilização do hífen), mas pode também ser, ela própria, um substantivo, e, nesse caso, estaremos perante um composto de dois substantivos, onde suponho que se justifica a utilização do hífen (como, por exemplo, em «capitão-tenente»).
Será possível darem mais uma pequena achega a este assunto, por favor?
Gostaria de saber como se constrói o plural de caixa-forte: "caixas-forte", ou "caixas-fortes"?
Obrigado.
Apareceu-me um documento com a palavra "forreção", de forrar cadeiras.
Tenho a certeza de que não se escreve assim, provavelmente "forração" seria o mais adequado, mas mesmo assim continua-me a parecer que haverá outra palavra sinónima do verbo forrar para se conjugar assim.
Fico a aguardar esclarecimento.
O adjectivo ressonante deriva do nome ressono. Certo?
Gostaria de saber qual o nome do processo que assiste à formação da palavra ressonante e que regras lhe estão associadas.
É legítimo utilizar as palavras provisão e desprovisão?
Obrigada.
Se agora se escreve tricô e não tricot, como se justifica o verbo tricotar?
Gostaria de saber se a palavra "subsidiação" existe? Vi-a num título de um jornal nacional, apresentada entre aspas, mas não encontrei o seu significado em nenhum dicionário português.
Como justifico a análise morfológica da palavra inativo? Algumas gramáticas apontam [IN]prefixo[AT] radical[IVO]sufixo e outras[IN]prefixo[ATIV]radical [O]vogal temática. Concordo com a primeira análise ao levar em conta o sufixo de formação de adjetivo a partir de substantivo, porém não encontro a etimologia do radical [AT].
Uma das minhas actividades é a revisão de textos e tenho-me deparado com uma dificuldade em particular para a qual não encontrei ainda respostas satisfatórias.
Gostaria de saber se existe alguma norma para a grafia de certos termos compostos utilizados nos vários ramos das ciências. Refiro-me, nomeadamente, a exemplos como os seguintes: "sócio-económico" ou "sócio-político", que tenho visto como "socioeconómico" ou "sociopolítico" respectivamente. Mas, se a estes acrescentarmos mais uma palavra, como por vezes acontece, teremos "sócio-político-económico", "sociopolítico-económico", "sociopolíticoeconómico" ou alguma outra variante? É que a eliminação dos hífens e a pura justaposição das palavras torna-se progressivamente mais difícil de ler.
Por outro lado, a prática, ao que parece generalizada, de eliminar os hífens traduz-se por vezes em resultados um tanto ou quanto insólitos, como por exemplo "imunohemoterapia" ou, pior ainda, "parathormona". Aliás, a respeito destes dois últimos exemplos, gostaria de saber se os campos da medicina e da farmacologia ou da química, para citar apenas estes, estão isentos, na sua terminologia específica, de terem de se submeter às regras linguísticas.
Pergunto isto, por já ter visto termos como "dehidrohepiandrosterona" ou "hidroxietilcelulose" (sem qualquer hífen) ou como o incrível "cloridrato de trans-4-[(2-amino-3,5-dibromobenzil)amino]-ciclohexanol" — com os hífens e os parênteses exactamente como indico aqui.
Onde poderei então encontrar indicações fiáveis (?!) relativamente à utilização ou não dos hífens?
Obrigado!
Existe o termo politecnicalização como assunção da formação de um determinado grupo profissional pelos institutos superiores politécnicos?
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