Se Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa, apenas consigna «demais» como advérbio de modo1, atribuindo a «de mais» a função supletiva de locução adverbial de quantidade, qual o motivo por que, em Ciberdúvidas, vários consultores têm tecido considerações acerca do correcto uso de «demais» como advérbio de quantidade? Será que o destinatário-alvo tem sido os falantes brasileiros? Na verdade, tanto o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa como o Dicionário Houaiss (versão portuguesa) averbam unanimemente a acepção quantitativa de tal advérbio como um brasileirismo.
Em vista disso, compete perguntar:
a) Não será abusivo classificar e utilizar «demais» como advérbio de quantidade, se o vocabulário ortográfico vigente em Portugal ainda não foi substituído? (Se assim não fosse, razões não haveria para que os dicionários supracitados tivessem sido tão escrupulosos na sua descrição!)
b) Que força de lei têm os argumentos aduzidos em Ciberdúvidas em favor do uso de «demais» enquanto advérbio de quantidade?
Saudações cordiais.
1 Excluo desta questão o valor pronominal do vocábulo.
Se a conjugação pronominal reflexa se utiliza quando o sujeito pratica e sofre a acção (in Gramática de Hoje, Editorial O Livro) e quando a acção recai sobre o sujeito sobre o qual se declara alguma coisa ( in Gramática do Português Moderno, Plátano Editora), então que tipo de conjugação é esta: «ensinei-te» ou «deu-nos» ou ainda «convidou-me»?
Bem-haja pela atenção e parabéns pelo site. Já está nos meus favoritos!
Considerando que o verbo «encarregar» é um composto do verbo «carregar», qual dos dois particípios é o mais correcto no referido contexto?
Obrigado.
De acordo com a resposta dada sobre a análise sintáctica da frase «Toda a paz da natureza vem sentar-se a meu lado», a resposta dada, à luz da TLEBS, mistura análise sintáctica e análise morfológica. Assim, a dúvida é a seguinte: À luz da TLEBS, devemos proceder a uma análise desse tipo, junto dos alunos, ou ficará apenas deste modo:
Sujeito – «Toda a paz da natureza»;
Predicado – «vem sentar-se a meu lado»;
Complemento preposicional – «a meu lado»?
Obrigada.
Livro: quando se deve usar a forma «livrinho»? Quando a forma «livrete»? E quando «livreto»?
Obrigado!
Estou a trabalhar num resumo biográfico de Mussolini, que nasceu na Romanha (Romagna). Não consigo descobrir como se chamam os naturais da Romanha. Inspirado em Bolonha/bolonhês, arriscar-me-ia a chamar-lhes romanhês/romanheses. Estarei certo? Poderia contar com a v/gentil ajuda?
Ficar-lhes-ia muito grato. Saúdo-vos com muita admiração e cordialidade.
Estudando para um concurso em uma certa apostila fiquei na dúvida com a seguinte frase: «o uso do artigo diante do possessivo adjetivo é facultativo, mas se o pronome for substantivo o uso é obrigatório.»
Esta frase está correta ou tem alguma palavra errada? Por exemplo, "pronome adjetivo" em vez de “possessivo adjetivo”, ou talvez “proibido” em vez de “obrigatório”?
A minha questão é saber qual das frases é a correcta:
a) «Desde a desagregação da ex-URSS...»"; ou
b) «Desde a desagregação da URSS...»
A frase a) de início pareceu-me errada, pois o que se desagregou foi a URSS, e não a ex-URSS. Mas também é verdade que agora já não existe. Será por isso necessário utilizar o "ex-"?
Obrigado.
Há anos que utilizo o verbo “farolar” para significar «acender e apagar os faróis»! Creio que poderia ser um neologismo sem que eu pretenda direitos de autor...
Existe a palavra “mensualizar”, ou “mensualisar”?
A maior parte das pessoas com quem trabalho utiliza esta expressão, mas eu acho que não existe!...
Utilizam a palavra, para ter o significado «traduzir em mensalidades». Por exemplo, determinado produto ou serviço tem um preço de venda/compra. Há necessidade de traduzir esse valor em mensalidades? Podemos “mensualizar” esse valor («vender em prestações»)? É neste contexto que a palavra é utilizada.
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