DÚVIDAS

Cataclismo ‘vs.’ “cataclisma”
No Brasil, emprega-se bastante o termo “cataclisma”, o qual não é consignado por nenhum dos dicionários brasileiros da língua portuguesa que pude consultar. Em seu lugar, todos registram «cataclismo», o mesmo ocorrendo no dicionário em linha da Porto Editora. A respeito deste tema, gostaria de saber se em português existe ou não o vocábulo “cataclisma”. Caso a resposta seja afirmativa, gostaria de saber também se esta palavra seria uma variante de «cataclismo». Se todavia a resposta for negativa, gostaria de saber outrossim se este termo seria um italianismo, haja vista que em italiano há “cataclisma”. Muito obrigado.
Carcinogéneo e mutagéneo (= «cancerígeno»)
Para me referir a um agente causador – neste caso de mutações ou cancro – deve-se escrever “mutagéneo”/“carcinogéneo” ou “mutagénio”/“carcinogénio” (nenhum dos termos aparece no sistema de busca do Ciberdúvidas e encontram-se ambas as formas numa pesquisa no Google). E qual é a relação destes termos com a forma “mutagénico”/“carcinogénico”? Será esta forma um adjectivo (ou seja, digo um “vírus carcinogénico” mas refiro-me aos “carcinogéneos/nios” em geral)?
Frases interrogativas directas de infinitivo
Examinem-se as seguintes frases: «Por que permitirmos em nossa vida o empenho de ser o que não quereríamos ser se soubéssemos o que queremos?» «Por que gritarmos tão alto, se ninguém nos pode escutar?» Nota-se que, nas duas orações iniciadas por «por que», há um verbo no infinitivo pessoal. Gostaria de saber como são elas classificadas. Seria o caso de o serem como orações reduzidas, pois o verbo no infinitivo assim faz supor, mas penso que não é o caso, pois que funcionam como orações principais em cada um dos respectivos períodos. Em suma, como classificar «por que permitirmos...» e «por que gritarmos...»? Obrigado.
Ainda o termo "islamista"
Leio no caderno "Actual" do "Expresso", em texto assinado por Francisco Belard (O Português e os mestres, de 18 de Março p.p.) comentando o livro Gente Famosa Continua a Dar Pontapés na Gramática – Manual de Erros e Correcções de Linguagem, de Lauro Portugal (Roma Editora), que o termo "islamista", apontado no livro em causa (e aqui no Ciberdúvida) como uma corruptela de "islamita" (muçulmano), afinal terá já um sentido diferente (FB não o diz, mas pressupõe-se que significaria "fundamentalista") sendo, portanto, palavra correctamente escrita. Tem sentido esta tese?
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa