Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Léxico
Diogo Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 2K

Num livro que estou a rever, a autora escreve «clariaudiente» e precisa que o termo significa o oposto de «clarividente». [...] Este termo existe mesmo?

Muito obrigado. E parabéns pelo vosso trabalho: é uma ajuda preciosa!

Ricardo Almeida Publicitário Pesqueira, Brasil 40K

A palavra ranque existe em nosso dicionário, ou devemos utilizar a palavra inglesa ranking (em itálico) em nossos textos?

Mário Braga Ginecologista Omsk, Rússia 2K

O feminino do adjetivo entradote não existe? É correto dizer «a mulher era um bocado entradote»?

Pedro Marcelino Figueira Advogado São Paulo, Brasil 39K

Gostaria de saber se em Portugal também se chama alguém bonito de gato ou gata e qual é a origem dessa forma de expressão.

Markus Dienel Teólogo Leipzig, Alemanha 10K

Não posso concordar [quando se diz] que é aceitável dizer «eu disse para fazeres isso». Correcto é (e sempre foi assim): «Eu disse que fizesses isso.» E porquê? Porque eu disse: «Faz isso!» Logo, fica: «eu disse que fizesses isso»; mas nunca «eu disse para fazeres isso», pois tal não faria sentido nenhum. Da mesma maneira que se diria: «eu ordenei que fizesses isso», e nunca «eu ordenei para fazeres isso», nem «eu mandei para fazeres isso», mas, sim, «eu mandei que fizesses isso»; pois a ordem, ou o mandado, foi: «Faz isso.» E o mesmo se aplica ao verbo pedir: Eu pedi: «Faz isso.» «Eu pedi que fizesses isso»; e não: «Eu pedi para fazeres isso».

O uso de para seria correto neste caso: «Eu disse aquilo, para te animar»; «eu pedi aquilo, para te animar». Esse erro parece-me, mais, ser uma corrupção pelo inglês, em que se costuma dizer: «I told/ask you to do that», que, vertido literalmente para português, seria, efectivamente: «Eu disse-vos/pedi-vos para fazerdes isso»; mas cuja tradução em português correcto é: «Eu disse-vos/pedi-vos que fizésseis isso» («eu disse-vos/pedi-vos: Fazei isso»). Isto, sim, faz pleno sentido. Erros devem ser condenados prontamente; e não devem ser tolerados, só porque são muitos os que os cometem. E os doutores têm a obrigação de fazer isso mesmo. Quando prevaricam, o erro espalha-se velozmente.

Javier Galán Marketing Corunha, Espanha 23K

Devo dizer «do que o costume», «do que de costume», ou «que de costume»?

Obrigado.

Susana Gregório Professora Málaga, Espanha 78K

A regência do verbo interessar causa-me sempre dúvidas. A frase «eu interesso-me pelo teatro clássico» está correta, não é verdade? No entanto, é também possível expressar a mesma ideia dizendo «eu tenho interesse pelo teatro clássico». A minha dúvida é se se pode igualmente dizer «eu tenho interesse no teatro clássico». No Guia Prático de Verbos com Preposições, de Helena Ventura e Manuela Caseiro, as autoras afirmam que o verbo interessar rege unicamente a preposição por. Contudo, quando expressamos a mesma ideia dizendo – «tenho interesse» –, que preposição devemos usar, em, ou por? Pode dizer-se «eu tenho interesse no teatro clássico»?

Muito obrigada.

Ana Valente Tradutora Lisboa, Portugal 13K

Posso dizer «a qualquer altura do dia», ou é mais correto dizer «em qualquer altura do dia»?

Terrence Fraser-Bradshaw Greater Georgetown, Guiana 4K

Sou da República da Guiana, que não é a francesa, nem a holandesa; mas a inglesa. O que devo dizer aos portugueses para que saibam que sou da Guiana que não é a francesa nem a holandesa? Como se pronuncia o nome da minha pátria de forma culta e qual o gentilício?

Obrigado.

João Carlos Amorim Reformado Lisboa, Portugal 3K

Tracking poll é o nome inglês que a comunicação social caseira chama àquelas sondagens "à pressão" também denominadas low cost. Será que não há tradução em português?