Não é descabido classificar grupo como nome coletivo, apesar de a sua aplicação referencial ser suscetível de ser pouco ou nada diferenciada.
O substantivo grupo é classificado como substantivo coletivo pelo Dicionário Houaiss. A palavra é também assim classificada noutras fontes, a saber:
– Fernanda Carrilho, Dicionário de Nomes Coletivos (Lisboa, Publicações Europa-América, 2006): «pessoas ou coisas que constituem um todo»;
– Luiz Autuori Oswaldo Proença Gomes, Nos Garimpos da Linguagem, Livraria São José, 1959, pág. 142: «grupo – conjunto de objetos, de pessoas.»
Noutra perspetiva, também João Andrade Peres e Telmo Móia, em Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, págs. 476/477), se referem a grupo, integrando a palavra na discussão da concordância com estruturas de quantificação complexa (mantenho a ortografia usada na fonte consultada):
«[...] [F]ormas como grupo e conjunto [...] funcionam de modo subsidiário na definição de entidades grupais. Trata-se de expressões que por si só não referem objectos, mas que, em combinação com nomes – como em grupo de estudantes ou conjunto de quadros – permitem referir colecções de objectos, sem as quantificarem. [...] [D]esigná-las-emos nomes de referência dependente.»
Esta passagem, não declarando que grupo é um nome (ou substantivo) coletivo, deixa, pelo menos, entender que o vocábulo se aplica a «coleções de objetos» e, sendo assim, pode ser visto como coletivo.