Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Fonética
Sílvia Martins Bernardo Jornalista Lisboa, Portugal 9K

Gostaria de saber a explicação técnica para o facto de a palavra tese não ter acento no primeiro "e".

Obrigada.

Manuel Morais Portugal 5K

No Vocabulário Ortográfico e Remissivo da Língua PortuguesaGonçalves Viana abona a forma "clépsidra", ao passo que o actual Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, embora a registe, sobre ela anota que é uma variante «não preferível de 'clepsidra'». No entanto, Rebelo Gonçalves, no seu ainda inultrapassável Vocabulário da Língua Portuguesa, consigna a acentuação paroxítona, não deixando, porém, de acrescentar que se trata de uma «acentuação consagrada pelo uso: a correcta seria 'clépsidra'».

Posto isto, duas são as minhas questões: 1.ª – Hodiernamente, ainda coexistem as formas proparoxítona e paroxítona,conforme se depreende do constante do Dicionário Houaiss? 2.ª – Em que regra se fundaram Gonçalves Viana e Rebelo Gonçalves, ao reputarem como correcta a forma "clépsidra"?

Antecipadamente grato,

 

N.E. O consulente escreve segundo a norma  ortofráfica de 1945.

L. Fraser Monteiro Universidade Nova de Lisboa Monte de Caparica, Portugal 3K

Muito grato pelas explicações do Prof. Venâncio da Fonseca. No entanto, o que eu realmente pretendia era uma justificação para as discrepâncias, se possível, com um acompanhamento histórico da evolução. Será pedir muito? Obrigado, de novo.

Luís Graça Portugal 8K

Povoação no Sul da Guiné-Bissau, na região de Tombali, junto à fronteira com a Guiné-Conacri, Guileje foi um importante aquartelamento das tropas portuguesas durante a guerra colonial.

Construído em 1964, foi sitiado e tomado pelo PAIGC em 22 de Maio de 1973. No tempo do colonialismo, escrevia-se Guileje (vd. página com a carta da Guiné dos Serviços Cartográficos do Exército (1961). Os guineenses e os cooperantes portugueses na Guiné-Bissau têm hoje tendência para escrever Guiledje ou até Guiledge.

Vd. por exemplo:

http://didinho.no.sapo.pt/guinegadamael.html
http://www.adbissau.org/projectoguiledje.php

Pergunto ao Ciberdúvidas: qual é a grafia correcta?

 

N.E. O consulente escreve segundo a Norma de 1945.

Jaime M. Silva Lisboa, Portugal 4K

Na zona histórica de uma localidade do Centro de Portugal existe uma Rua do Alfanzil, termo cujo significado desconheço. Havendo outrora o cargo de alvazil (juiz ordinário), será admissível relacionar os dois vocábulos? Isto é, do ponto de vista fonético, há alguma probabilidade de que alfanzil possa corresponder a uma evolução de alvazil? Desde já agradeço a vossa resposta ou a indicação de como poderei esclarecer esta dúvida.

Abel Mendes Electromecânico Feira, Portugal 7K

Penso ser verdade (mas...) haver alteração fonética do singular para o plural de berma/bermas. Assim me formaram, mas farto-me de ouvir informações na rádio, sobre trânsito, e quando soa bermas... soa-me mal.

Rui Spínola da Costa Portugal 22K

Como se escreve, “soupa” ou “sopa”, e porquê?

Luís Guilherme Mateus Portugal 3K

Quero, antes do mais, felicitar todos aqueles cujo empenho impediu o Ciberdúvidas de acabar. Faço votos de que continue por muitos e bons anos a prestar o seu inestimável serviço em prol da Língua Portuguesa. A minha dúvida prende-se com a palavra «assimptota». Sou professor de Matemática e sempre ouvi e pronunciei esta palavra como esdrúxula. Em conformidade, sempre escrevi “assímptota”, com acento no i. Notei, contudo, que, nos exames oficiais da disciplina, a palavra era escrita sem acento, pelo que resolvi consultar a base de dados do Ciberdúvidas para esclarecer a questão. Ao fazê-lo, deparei com duas respostas algo contraditórias: o Prof. Manuel Portilheiro, sendo matemático, informa que sempre escreveu "assímptota", ao passo que o Prof. José Neves Henriques, filólogo, apresenta o fundamento etimológico pelo qual se deve considerar «assimptota» uma palavra grave. Posto isto, a minha questão é a seguinte: Uma vez que, do Secundário ao Superior, a pronúncia de «assimptota» como palavra esdrúxula é de uso generalizado entre professores e alunos de Matemática, que grafia se deve adoptar? "Assímptota", "assíntota" (grafia adoptada pelos Brasileiros) ou «assimptota» (caso em que haveria discrepância entre o que se escreve e o que se pronuncia)? Com os melhores cumprimentos,

 

N.E. O consulente escreve segundo a Norma de 1945.

L. Fraser Monteiro Lisboa, Portugal 17K

Em primeiro lugar, grande júbilo pela continuação e um brinde à saúde e longa vida do CD!

Lendo a muito clara explicação fonética, dada a propósito de «A pronúncia de táxi», lembrei-me de que sempre me confundiu o facto de os dígrafos 'ae' e 'ti' em latim (que, infelizmente, já não aprendi formalmente no liceu), se lerem /é/ e /si/, quando, se se consultar qualquer gramática de latim, a pronúncia recomendada (pronúncia reconstruída) é /ti/ e /ai/. Mais, sendo o "c" sempre explosivo, p. ex. a palavra "Caesar", que veio a caracterizar os imperadores, não deve ser lida "sézar", como usamos fazer, mas "kaizar", precisamente à alemã... (ou aproximadamente à russa, "kzar").

Alguma luz sobre estas discrepâncias?

Obrigado.

Bruno Cercas Portugal 12K

Qual o significado de Cárin e como se lê, /cárine/? Com Ruben há quem diga /rúbene/. Queria também saber se Cárin é nome masculino ou feminino.