Conforme as nossas escolas médicas, há grandes variações no género e pronúncia de termos médicos de origem grega.
Tanto se diz "glicémia", "leucócitos", como "glicemia", "leucocitos", embora toda a gente diga "anemia" e não "anémia".
Em Lisboa e Coimbra, diz-se «os enzimas» e, quanto a estes, por exemplo, "polimerase". No Porto, diz-se «as enzimas» e a "polimérase".
Maior confusão ainda: «o "sindroma"» (como aprendi em Lisboa), «o síndrome», «a síndrome».
Pode haver alguma regra com sentido etimológico e fonético?
Como se diz passamos no presente e no passado?
O segundo a lê-se mais aberto "passámos" ou mais fechado "passâmos" consoante o tempo verbal? Ou é indiferente?
A propósito da inauguração da primeira loja da multinacional sueca de mobiliário e decoração IKEA, em Portugal, oiço na publicidade e dito pelos jornalistas da rádio e TV a pronúncia /IKÊ-Á/. Eu, que até visito frequentemente a Suécia, e conheço há anos a referida empresa, sempre ouvi dizer /IKÊA/ (com este A praticamente mudo)!...
Ouro e oiro, louro e loiro, touro e toiro – ou e oi – é de origem popular e erudita? Como os classificar?
O alfabeto utilizado para a escrita do hindi e outras línguas indianas é chamado na própria língua e em inglês de "devanágari". Como se dirá em português? Presumo que da mesma maneira... mas assim sendo, qual deverá ser a pronúncia correcta? Dever-se-á ler como dévánágári ou como se de uma palavra portuguesa se tratasse?
Gostaria de saber como se pronuncia o x em duas palavras: xenofobia e sintaxe. Os prontuários dão uma pronúncia que me parece esquisita. Gostaria de saber qual é o uso actual em Portugal.
Obrigada pela resposta.
Eu gostaria de saber algo sobre a palavra põem. Quantas sílabas tem? Na fala rápida pode ser pronunciada a palavra põem como põe? (Uma vez que as palavras tem e têm muitas vezes podemos ouvir pronunciadas do mesmo jeito).
Obrigado.
Escrevi-vos há pouco tempo sobre a etimologia de Ganimedes, Arquimedes e Úrano.
Agradeço desde já a vossa resposta. No entanto, esta apenas esclareceu parte das minhas dúvidas.
Peço desculpa por ser insistente, mas creio que não me expliquei suficientemente bem, pelo que a minha pergunta não foi entendida por completo.
Para além de quais são as formas correctas em Português, tinha também curiosidade em saber quais é que seriam as correctas de acordo com o Grego (Clássico).
Embora deva confessar a minha ignorância a este respeito, sempre supus que em geral a acentuação das palavras portuguesas derivadas do Grego era definida por forma a coincidir com a acentuação das palavras equivalentes no Grego clássico. Mas presumo que possa haver algumas excepções em palavras de uso mais corrente, e que portanto foram aportuguesadas mais precocemente.
Dito de outra forma, aquilo que gostaria de saber é se as palavras do Grego clássico das quais derivam Ganimedes, Arquimedes, Úrano, e também Jápeto (Japeto?) são igualmente graves (paroxítonas) nos dois primeiros casos e esdrúxulas/proparoxítonas no terceiro, ou se (como suspeito) são todas esdrúxulas.
Acrescentaria que me surpreende que a forma considerada correcta em Portugal seja Úrano, uma vez que ouço toda a gente dizer Urano (palavra grave). Não estarão os nossos dicionários desactualizados a esse respeito?...Ou as pessoas mal informadas?
Estudo português nos Estados Unidos. Entendo bem o silabário das palavras e as sílabas tónicas. O que não é muito claro para mim é como determinar a acentuação secundária, etc., ou seja, o ritmo da língua. Por exemplo, na palavra "inteligibilidade", a sílaba tónica é "-da", ou seja, a penúltima sílaba. Mas qual seria o ritmo da palavra? E dizer, as outras sílabas recebem a mesma ênfase? Diria que não. Por exemplo, acho que "-gi" recebe mais ênfase do que "-li" ou "-de", mas nao sei. Imagino que existiria regras para o ritmo interior das palavras e talvez regras distintas para palavras compostas e palavras com afixos. Agradeceria muito uma explicação com exemplos.
Obrigadinha.
Gostaria de uma clarificação sobre a ortografia e prenunciação (em Portugal) da palavra "dálmata/dalmata". Desde pequeno, sempre ouvi dizer "um cão dalmata" (dàl-má-ta). A minha filha tem um livro infantil onde a palavra está escrita como tal, sem acento agudo no "a", e até rima. Mas vejo no dicionário que se deve escrever com acento. Será que há uma forma "popular" e outra "erudita" desta palavra?
Pedro J. Val-Flores G. Vieira
O nome deste cão, cuja raça se supõe originária da Dalmácia (na Jugoslávia), é dálmata. Assim aparece registado no «Vocabulário da Língua Portuguesa» de Rebelo Gonçalves e nos dicionários consultados.
Carlos Marinheiro
08/08/00
A Dalmácia localiza-se na Croácia
Em relação à resposta de 8 de agosto de 2000 dada pelo senhor Carlos Marinheiro na qual afirma que a Dalmácia (pergunta sobre 'Cão Dálmata') localiza-se na Iugoslávia-Jugoslávia, gostaria de manifestar meu pesar com tamanha desinformação, pois a Dalmácia sempre foi parte da Croácia, e esta última é que foi sim parte do estado iugoslavo, que nunca foi um país mas apenas um Estado totalitário.
Corrijam a informação para alegria dos milhares de descendentes de dálmatas que vivem em São Paulo - Brasil.
HVALA LIJEPA – Muito obrigado.
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