Quais são os seis fonemas novos que surgiram nos falares ibéricos do Oeste consecutivamente à palatalização das consoantes latinas?
Obrigado.
Sou alemão, venho estudando PLE (português/língua estrangeira) há muito tempo. No entanto, tenho uma dúvida bem básica quanto à pronúncia do s.
Em alguma obra bem famosa (Paul Teyssier: Historia da Língua Portuguesa), pode se ler explicações tão bem elaboradas no que tange este problema, que desisti de entender estas explicações para a minha prática cotidiana de falar o português.
Mas, felizmente, achei uma elaboração bem mais sucinta do problema na Internet:
http://www.p-hh.de/index.php?page=100&id=1449
O que interessa a mim é saber quando um s simples (não sibilante, não chiado) é pronunciado como "z" (s sonoro) ou "s" (s surdo) respectivamente.
Temos vários casos listados a seguir:
a.) início de uma palavra: sempre "s surdo".
b.) entre vogais: sempre "s sonoro"
c.) no fim da palavra, próxima palavra começa com consoante: sempre "s surdo".
As minhas perguntas são as seguintes:
1.) O "s" no final da palavra pode ter a pronúncia alterada, se a próxima palavra começa com vogal?
(Por exemplo: «praias arenosas» e «praias tranquilas». O "s" em praia é sempre pronunciado da mesma forma, ou muda em decorrência da primeira letra da palavra que segue?)
2.) O "s" antes de consoantes no meio de palavras.
(Por exemplo: mesmo, o "s" aqui é "surdo" ou "sonoro", supondo um sotaque brasileiro sem chiado (região: São Paulo), ou mesmo se o "s" for chiado/sibilante (Portugal e muitas regiões no Brasil), a questão persiste, será esse som um som sonoro ou surdo?)
Espero ter colocado minhas dúvidas 1.) e 2.) em linguagem clara, correcta e concisa, para que estas possam ser esclarecidas e agradeço muito por uma resposta.
Pelo conceito de semivogal, sabemos que as vogais i e u transformam-se em semivogal ao encontro de uma vogal. Gostaria de ser informado qual é a razão pela qual o encontro vocálico ia na palavra piada é considerado hiato.
Na resposta a uma dúvida de 23/03/2009 a respeito da pronúncia de Escherichia coli, foi dito que, nos nomes científicos, a sequência ch deve ser lida como /k/. Foi também dito que a primeira sílaba do nome do género da dita bactéria se deve ler como em Estoril.
Ora, gostaria de saber a justificação usada para estas informações, que me parecem inconsistentes:
1. Se, por um lado, a sequência , em nomes neolatinos, é lida como /k/, a verdade é que os nomes científicos não são obrigatoriamente latinizados, tendo apenas de ser romanizados. Por este motivo, parece fazer pouco sentido que se pronunciem como sendo palavras latinas.
2. Caso seja aceite a pronúncia latina para nomes científicos, não faz sentido pronunciar a primeira letra do nome Escherichia como /ɨ/, vogal inexistente tanto no latim clássico como no vulgar, no eclesiástico e mesmo em novo latim (o latim como falado pela comunidade científica até cerca de 1900).
3. Mesmo que se considerem os nomes científicos como neolatinos (nunca como latinos, devido à existência de sequências gráficas que estão presentes nos mesmos sem existirem em latim), há que ter em consideração que não existe uma forma única de pronunciar nomes neolatinos: nos tempos em que o novo latim era realmente utilizado pela comunidade científica, falantes de diferentes nacionalidades usavam diferentes normas orais, não havendo uma norma única como no caso do latim clássico (tendo em conta, contudo, que essas diferentes normas eram regulares dentro de cada país).
4. A pronúncia recomendada em inglês é /ˌɛʃɪˈrɪkiə ˈkoʊlaɪ/ (partindo do princípio que a Wikipedia anglófona é de confiança...) e se os anglófonos podem dizer /ʃ/, porque é que nós não o podemos fazer!?
Dito isto, gostava de facto de ver esclarecida esta questão de como pronunciar nomes científicos, que há tanto tempo me assola sem que eu consiga encontrar solução. Num momento, parece-me que faz sentido usar a pronúncia do latim clássico, mas logo vejo que isso não pode ser, devido às sequências não-latinas... Logo depois, parece-me que faz sentido usar a pronúncia neolatina de tradição portuguesa, mas constato que os anglófonos não usam a pronúncia neolatina de tradição inglesa... E tenho pavor a pronunciá-los como se fossem palavras portuguesas (que é o que os meus professores fazem), por questões puramente estéticas (além de essa pronúncia sacrificar totalmente a internacionalização a que os nomes científicos se propõem).
Já agora, a respeito do tema da nomenclatura científica, fica uma segunda (e mais simples!) questão: os nomes dos taxa devem escrever-se com inicial maiúscula ou minúscula? Por exemplo: escreve-se "género" ou "Género"?
Agradeço antecipadamente a resposta às questões.
Em Portugal, há uma pronúncia standard do latim, comum nas escolas e universidades e no âmbito eclesiástico?
E, se houver, é uma pronúncia muito "aportuguesada", ou corresponde à pronúncia 'tradicional' do latim, ou àquela "restaurada" (é dizer, "clássica")?
A pronúncia tradicional é caracterizada pelas seguintes correspondências grafemas-fonemas?
a: /a/ (sempre, sem fechar quando estar átono);
ae: /E/ (aberto);
b: /b/ (sempre, sem lenir quando estar posvocálico);
c + a, o, u ou consoante: /k/;
c + i, e, oe, ae: /s/ ???
cci: /ksi/;
cce: /kse/;
ch: /k/;
d: /d/ (sempre, sem lenir quando estar posvocálico);
e: /e/ (sem fechar quando estar átono) ou /E/ (aberto);
f: /f/;
g + a, o , u ou consoante: /g/ (sempre, sem lenir quando estar posvocálico);
g + i, e, oe, ae: /Z/ (som inicial da palavra "giro");
gn: /N/ (como na palavra "minha")?
gu + e, i: /gw/;
h: muda;
i: /i/ ou /j/;
j: /j/ (como o 'i' da palavra 'maio')?
k: /k/;
l: /l/;
m: /m/;
n: /n/;
o: /o/ (sem fechar quando estar átono) ou /O/ (aberto);
oe: /E/ (aberto);
p: /p/;
ph: /f/;
qu + e, i: /kw/;
r: /r/ (nunca /R/ como em 'rato')?
rh: /r/ (nunca /R/ como em 'rato')?
s: /s/ (sempre, sem sonorizar até /z/ quando estar posvocálico)?
t: /t/;
th: /t/;
ti + vogal: /sj/;
u: /u/ ou /w/;
v: /v/;
x: /ks/ (sempre);
y: /i/;
z: /z/ (ésse sonoro, como em 'casa')?
Genserico (rei vândalo), pronunciado com o segundo e aberto, constitui mais uma das diárias evidências do analfabetismo da empresa Ideias e Letras (tradução e locução) que inquina o Canal de História (temático).
No que se refere aos nomes de alguns reis bárbaros, desde os meus 12-13 anos, lembro-me bem de que ouvi sempre os meus professores pronunciá-los como palavras graves (paroxítonas). Assim ensinaram-me a dizer Alarico, Teodorico, tal como Eurico, Frederico, julgo que correctamente.
Pasma-se como o asinino tradutor seguiu, julgo, a entoação anglo-saxónica. Estarei estes 60 anos todos em engano, ou será o Canal de História que tem razão?
Tenho uma certa urgência em tirar isto a limpo porque tenho um antigo colega da faculdade (CL) chamado Eurico e um inimigo de estimação Frederico…
Venho por este meio esclarecer a seguinte dúvida: ouço muitos colegas de trabalho proferirem o nome Inosat, como "S" de satélite. A minha dúvida reside na fonética. Como o "S" está entre vogais, a fonética não é com o som de "Z"? Gostaria muito de obter a vossa ajuda.
Muito obrigada.
Partindo do facto de sabermos que a palavra baptizado irá perder o p, devido ao acordo ortográfico, gostaria de saber como é que esta passaria a ser pronunciada, já que, segundo as regras do português, a sílaba tónica só pode ser a antepenúltima, penúltima ou a última, coisa que não acontece nesta palavra.
Gostaria de saber como se pronuncia a palavra pregão (da varina, do ardina...).
Obrigada.
A palavra coelho tem aumentativo?
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