A pronúncia tradicional portuguesa é caracterizada pelas seguintes correspondências grafemas-fonemas:
a: /a/ (fechar quando está átono, [ɐ], como em cama);
ae: /E/ (aberto);
b: /b/ (sempre);
c + a, o, u ou consoante: /k/;
c + i, e, oe, ae: /s/;
cci: /ksi/;
cce: /kse/;
ch: /k/;
d: /d/ (sempre);
e: /e/ (sem fechar quando átono) ou /E/ (aberto);
f: /f/;
g + a, o, u ou consoante: /g/ (sempre);
g + i, e, oe, ae: /Ʒ/ (som inicial da palavra giro);
gn: igual, mas com o valor de nh no latim da Igreja)
gu + e, i: /gw/;
h: muda;
i: /i/ ou /Ʒ/, como em iam (> já);
j: /j/ (como [Ʒ], por exemplo, Japão);
k: /k/;
l: /l/;
m: /m/;
n: /n/;
o: /o/ (sem fechar quando átono) ou /O/ (aberto);
oe: /E/ (aberto);
p: /p/;
ph: /f/;
qu + e, i: /kw/;
r e rh: /r/ ou /R/ como em rato, quando inicial ou dobrado
s: /s/ (/z/ quando posvocálico, [ʃ] antes de consoante surda, [Ʒ] antes de consoante sonora;
t: /t/;
th: /t/;
ti (+ vogal): /sj/;
u: /u/ ou /w/;
v: /v/;
x: /ks/ (sempre);
y: /i/;
z: /z/ (esse sonoro, como em casa)
A pronúncia tradicional portuguesa mudou para a eclesiástica, italianizada, em 1938. Nas universidades segue-se (ou seguia-se) a restaurada ou clássica.