No último teste de português, fiquei com dúvidas quanto ao recurso expressivo presente na frase «Não o levam os coches, nem as liteiras, nem os cavalos, nem os escudeiros, nem os pajens, nem os lacaios, nem as tapeçarias, nem as pinturas, nem as baixelas, nem as joias».
Será que se trata de uma enumeração apenas ou também encontramos uma gradação?
Consultei vários glossários e dicionários e nenhum, dos que possuo, pôde me auxiliar no entendimento dessa contração marcada pelo apóstrofo («que a'm poder tem») nos versos que se seguem.
Trata-se de uma sinalefa? Se sim, como desenvolvê-la e como construí-la na ordem direta?
«(...) Deus nom mi a mostre, que a 'm poder tem,
se eu querria no mundo viver
por lhe nom querer bem nem a veer.'»
(Rui Pais de Ribela, ''A mia senhor, que mui de coraçom")
Desde já, agradeço a atenção dispensada.
A figura de linguagem zeugma refere-se apenas à omissão de termo já mencionado dentro da mesma oração ou também à omissão de termo mencionado em oração anterior?
Exemplo: «Pedro foi ao mercado ontem. Depois passou na oficina. Quando estava indo (*), encontrou Carlos.»
Na terceira oração se omite o termo «ao mercado», mencionado na primeira oração. Nesse caso, trata-se de zeugma ou de elipse, por o termo omitido não estar na mesma oração?
Obrigado.
Procurando em vários locais, encontrei definições bastante confusas sobre antonomásia e perífrase. Gostaria de saber:
1. A diferença entre antonomásia e perífrase.
2. Antonomásia é considerada um caso particular de metonímia?
3. Por que perífrase não é considerada um caso de metonímia?
Obrigado!
Na frase, «as conversas giram sempre sobre essa palavra: férias», pode considerar-se uma metáfora, ou é, simplesmente, um significado que a própria palavra assume?
Temos sempre de ver, apenas, o sentido mais literal das palavras, caso contrário temos de assumir sempre um uso metafórico?
Muito obrigada pelo esclarecimento.
Aludindo à crista espumosa das ondas, alguém dizia tratar-se de "cavalinhos". Temos igualmente o exemplo dos lendários "cavalos de Fão", tratando-se, neste caso, aglomerações rochosas existentes na zona do Ofir, Esposende. Há também o caso das rochas antropomórficas.
A questão é a seguinte: quer em relação aos cavalinhos das ondas, quer relativamente aos "cavalos de Fão", de que figura(s) de estilo estamos a falar? Simples metáforas, animismos, catacrese ?
Quais são as figuras de estilo ou linguagem nas frases seguintes, se é que as há?
«Era um especialista na arte de dizer tolices.»
«Empregava todo o seu esforço em não fazer nada.»
«A beleza dela é inversamente proporcional à sua inteligência.»
Agradeço a resposta desde já.
Ao longo da releitura de Capitães da Areia (edição de 1937), de Jorge Amado, deparei com esta construção: «– Tú não pode passar um dia sem bater coxas com esta bruaca, não é? Tú vae acabar tútú..» (CA, 1937, p.92). O que intrigou aqui foi a acepção para "tutu". Das quatro possibilidades de sentido para "tutu" (sem tantos agudos), nenhum se encaixa perfeitamente ao que espero do contexto. Qual o sentido para "tutu" no caso em tela?
Estou a fazer uma análise de conteúdo do discurso jornalístico sobre o crime. Deparo-me frequentemente com a expressão «morta a tiros de caçadeira» e ainda «disparou a matar». Para além da violência associada às expressões, fico com curiosidade sobre se, do ponto de vista da língua portuguesa, estarão corretamente formuladas.
Agradeço, desde já, a vossa atenção.
Venho por este meio tentar ser esclarecido sobre uma dúvida, o transcendentalismo. Sou estudante e tenho de apresentar um poema simbolista, depois de alguma pesquisa concluí que uma das características do simbolismo é o transcendentalismo que até agora não consegui perceber o que era.
Ficaria grato se me pudessem esclarecer e, se possível, dar um pequeno exemplo.
Obrigado
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