Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
José Manuel Lima Antunes Professor Viseu, Portugal 3K

Na frase «A Internet é, a meu ver, uma fada que, com um clique, nos faz girar pelo vasto mundo», no caso de «faz girar», o verbo fazer é verbo principal ou auxiliar com valor modal?

Obrigado!

Isabel Ávila Professora Praia da Vitória, Portugal 2K

Na frase «ergueu os olhos para o céu», qual a função sintática de «para o céu»?

Obrigada.

Fernando Martins Professor Faro, Portugal 15K

As construções "Fiz-lhe perder tempo" (=Fiz perder tempo a si, ao senhor) e "Fi-lo perder tempo" (=Fiz o senhor perder tempo) estão ambas correctas?

Xenia Alvarez Psicóloga Rio de Janeiro, Brasil 3K

Gostaria de saber se a expressão «já se fazem horas» está correta segundo o padrão da norma culta da língua portuguesa.

Um exemplo de uso seria: «Vamos embora, pois já se fazem horas.»

Rui Borges Reformado Lisboa, Portugal 1K

Qual a forma correcta de se dizer:

«Garfo de peixe», ou «garfo a peixe»?

«Garfo de carne», ou «garfo a carne»?

Obrigado.

Maria Luísa da Silva Matos Dias Professora Porto, Portugal 3K

Na frase:

«As redondilhas da lírica tradicional de Camões têm influência da poesia palaciana.»

qual a função sintática desempenhada pelos constituintes: «da lírica tradicional», «de Camões» e «palaciana»?

E na frase:

«O soneto petrarquista influenciou Camões»

qual a função sintática de «petrarquista»?

E ainda na frase:

«A poesia camoniana apresenta marcas clássicas»

[o que são] «camoniana» e «clássicas»?

Grata pela atenção.

Margarida Oliveira Professora Coimbra, Portugal 7K

Nas frases "Ele pensou que ela não voltaria tão cedo." ou "Todos acreditaram que a verdade viria à superfície.", as orações completivas desempenham a função de complemento oblíquo ou complemento direto?

Dado que os verbos "pensar" e "acreditar" selecionam a preposição "em", parece-me que a substituição pelo pronome "isso" resulta agramatical: "Ele pensou isso." ou "Ele acreditou isso." Não deverá dizer-se "Ele pensou nisso." ou "Ele acreditou nisso." ? Inclino-me mais para que sejam complementos oblíquos mas posso estar enganada.

Obrigada.

Maria Céu Melo Professora Oeiras, Portugal 2K

Na frase «Qual o impacto da atenção na compreensão da leitura?», não é obrigatório escrever o verbo , neste caso, ser (é ou foi)?

Filomena Sousa Professora Coimbra, Portugal 11K

Desejava saber se o advérbio de negação desempenha a função sintática de modificador do grupo verbal.

Por exemplo:

«Eu não o tenho visto ultimamente.»

Análise sintática: «Eu» – sujeito simples; «não o tenho visto ultimamente» - predicado; «o» – complemento direto; «ultimamente» – modificador do grupo verbal (O advérbio não não desempenha nenhuma função sintática.)

ou

«(…) não» – modificador do grupo verbal; «o» – complemento direto; «ultimamente» – modificador do grupo verbal

A minha dúvida advém do seguinte:

1. Os modificadores do grupo verbal dão-nos informações acessórias sobre a realização da ação, isto é, indicam-nos as circunstâncias da realização da ação (como os antigos complementos circunstanciais);

2. Nunca vi na antiga terminologia gramatical um complemento circunstancial de negação;

3. Na verdade, com um não não estamos a modificar a ação/dar informação sobre as circunstâncias da realização da ação – estamos apenas a negar essa ação (frase afirmativa vs. frase negativa). Será que “negar a ação” é “modificá-la”? Se se considerar que estamos a “modificá-la”, não existe aqui uma certa confusão conceptual?

Consultei o Dicionário Terminológico (DT), que nos apresenta o seguinte, a propósito do advérbio de negação: «Advérbio de negação Advérbio cujo significado contribui para reverter o valor de verdade de uma frase afirmativa ou para negar um constituinte. Este advérbio pode ser um modificador do grupo verbal ou de um constituinte do grupo verbal.»

Negação frásica:

(i) O João [não] comprou flores à Ana.

[Análise sintática desta frase: «O João» – sujeito simples; «não comprou flores à Ana» – predicado; «não» – modificador do grupo verbal (???); «flores» – complemento direto; à Ana – complemento indireto]

Negação de constituinte:

(iii) O João [comprou à Ana ontem [não flores]], mas livros. (modifica o grupo nominal complemento direto)

[Análise sintática desta frase: «O João» – sujeito simples; «comprou à Ana ontem não flores, mas livros» – predicado; «à Ana» – complemento indireto; «ontem» – modificador do grupo verbal; «não flores, mas livros» – complemento direto]

O não fica de fora. Ficará também de fora na frase de cima (i).

Parece-me haver nesta entrada do DT um conceito diferente de “modificador do grupo verbal”…

Obrigada pela atenção concedida.

Abi João Manuel Ié Estudante Quinhamel, Guiné-Bissau 14K

A minha dúvida é sobre estas duas expressões (i) "faltar respeito" (ii) "faltar com respeito".

Oiço mais, aqui em Bissau, o uso da primeira frase, mas nos filmes, escrituras ou telenovelas portuguesa, oiço só a segunda.

Então, pergunto qual dessas é correta.