Uma pergunta semelhante já teve resposta em "Qual em frases interrogativas (Portugal vs. Brasil)".
Podemos encontrar inúmeras ocorrências de frases similares àquela que a prezada consulente apresentou, mostrando esse facto que não estamos perante uma ocorrência isolada ou excepcional. Vejamos alguns exemplos:
– «Qual o impacto da atenção na compreensão da leitura?»
– «Para quando a publicação dessas memórias?»
– «Quanta miséria por esse mundo fora!»
– «Que tempos estes, meu amigo!»
No entanto, o lugar do verbo está lá, em cada uma das frases, quer na que a consulente indicou, quer nas que acrescentei.
– «Qual será o impacto da atenção na compreensão da leitura?»
– «Para quando está prevista a publicação dessas memórias?»
– «Quanta miséria encontramos por esse mundo fora!»
– «Que tempos são estes, meu amigo!»
Numa análise relativamente simples, tratar-se-á de mera elipse: estruturalmente, está prevista, na matriz da frase, uma posição para o verbo, que, no entanto, fica vazia, pois aquele encontra-se elidido ou subentendido. Esta elipse não torna a frase propriamente agramatical.