DÚVIDAS

A locução prepositiva «à luz de»
Olá a todos desse maravilhoso site! Gostaria de saber se posso utilizar a locução prepositiva «à luz de» como conjunção subordinativa conformativa. Exemplo: «À luz do que é mencionado na Constituição Federal, fica vedada a associação de caráter paramilitar.» Usei no sentido de «de acordo com, segundo, consoante,conforme, como». É válido isso? Pois, conforme o Chat-GPT, o período: «À luz do que é mencionado na Constituição» → é uma locução prepositiva («à luz de») seguida de uma oração subordinada adjetiva: «do que é mencionado na Constituição Federal». Nesse caso, não temos uma conjunção subordinativa conformativa, mas sim uma locução prepositiva com sentido de conformidade ou fundamentação. Obrigada.
O valor imperfetivo de «começou a fazer...»
Gostaria que me esclarecessem quanto ao valor aspetual configurado no seguinte enunciado: «O João começou a fazer os trabalhos de casa depois do almoço.» A minha dúvida prende-se com o valor aspetual presente no complexo verbal «começou a fazer». Por um lado, parece poder ser imperfetivo; mas a utilização do pretérito perfeito deixa-me a pensar se deverá ser considerado perfetivo. Obrigado.
«Viagem a» x «viagem para»
Tenho uma pergunta sobre a preposição usada com o substantivo viagem. Estou a aprender português e, com muita frequência, tenho dúvidas nesse aspeto (na utilização de preposições depois de substantivos). Encontrei algumas páginas aqui, no Ciberdúvidas, sobre a regência do verbo viajar. Pelo que entendi, devemos usar sempre a preposição para depois deste verbo (não importa se a estadia é de longa ou de curta duração). Mas qual é a situação com o substantivo viagem? Devo dizer «Pretendo fazer uma viagem à Alemanha em agosto», ou «Pretendo fazer uma viagem para a Alemanha em agosto»? Agradeço antecipadamente a vossa ajuda!
Sujeito e infinitivo impessoal
Gostaria de tirar uma dúvida acerca da classificação do sujeito dos verbos no infinitivo impessoal. Encontrei algumas divergências nessas classificações: em alguns lugares, classificam como sujeito inexistente; já em outros, como um tipo de indeterminação do sujeito. Qual das duas acepções está corretas? Ou ambas estão e irá depender do contexto? Considere o seguinte exemplo: «Deve ser divertido fazer quadrinhos!» Entendo que «fazer quadrinhos» é o sujeito oracional da locução «deve ser». Mas em relação ao sujeito do verbo fazer, qual seria a classificação adequada? Sujeito inexistente? Ou indeterminado? Se houver indicação de algum material de leitura para aprofundamento desse aspecto específico, agradeceria bastante! Obrigada desde já!
Ainda «Ouviram-se os jovens»
Num texto de 13 de maio, é afirmado que o pronome pessoal se, na frase «Ouviram-se os jovens», tem a função de complemento agente da passiva. Penso que é errado e fundamento-me na Gramática do Português, da Fundação Gulbenkian, vol. I, pág. 390-394; 444-445. No contexto do ensino do português, o Dicionário Terminológico considera complemento agente da passiva o grupo preposicional presente numa frase passiva que corresponderia ao sujeito da frase ativa. Neste sentido, gostaria de conhecer bibliografia que considere agente da passiva o morfema se em passivas pronominais. Obrigado.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa