Tenho dúvidas sobre o emprego da palavra praxe. Como devo usá-la? «É praxe dar presentes no aniversário», ou «É de praxe dar presentes no aniversário»?
Uma vez, certa pessoa, tida como grande conhecedora da nossa gramática, me disse que não se usa essa preposição antes da palavra praxe. Isso procede?
Grata pela atenção.
Verifiquei em dois dicionários na rede (Infopédia e Universal) que o verbo aliar não é mencionado como verbo reflexo. Não é estranho? Gostaria de saber a resposta, pois para mim o verbo é reflexo, ou pelo menos é-o em certas construções, como por exemplo: «Ela aliou-se a ele.»
Em «Capitu deixou-se fitar», o se é apassivador, ou seja, «Capitu deixou ser fitada»; sujeito do verbo no infinitivo por estar depois do verbo causativo deixar, ou seja, Capitu deixou que ela fosse fitada, ou pronome reflexivo, ou seja, Capitu deixou a si mesma fitar?
Em um livro do professor Ricardo Aquino, brasileiro, este se é reflexivo, mas não vejo assim. O que vocês acham?
Espero resposta com justificativa, por favor. Muito obrigado.
Há dias, no noticiário da RTP, pelas 13 horas, a jornalista Sandra Felgueiras disse: «... o muro foi ruindo de forma parcial». Será que ela quereria dizer «o muro ruiu parcialmente»?
Há alguma voz verbal em orações sem sujeito?
Grato.
Na frase «não ver um palmo adiante do nariz», o advérbio está bem empregado? Penso que substituir por «diante» será errado.
Desde já agradeço uma resposta.
Agradeço desde já o vosso valioso esclarecimento quanto a esta minha dúvida sobre a colocação (ou não) da vírgula antes da expressão «de modo que» nas duas frases que se seguem:
«Coloque as suas mãos à frente das grelhas de ventilação, de modo que possa verificar as condições de funcionamento.»
«Os componentes físicos determinantes para as características metrológicas devem ser concebidos de modo que possam ser protegidos contra a fraude.»
Parece-me que a primeira frase fica melhor/correcta com uma vírgula antes da expressão «de modo que», enquanto a segunda frase fica melhor/correcta sem vírgula. Estarei certo?
Uma vez mais os meus agradecimentos.
Em «Ele levou uma surra», «Ele recebeu um presente», «Ele ganhou um prêmio», tais verbos de sentido passivo tornam a voz verbal "ativa" ou "passiva"? Por quê? Qual gramático brasileiro diz algo sobre isso? Grato.
Parece-me haver uma tendência para deixar de usar o modo conjuntivo, o que seria um empobrecimento para a nossa língua (talvez pior do que a vossa chamada de atenção para a falta de acentuação e má pronúncia na primeira pessoa do plural do pretério perfeito simples). Já tenho chamado a atenção de amigos para tal facto, mas dizem que não notam.
Será real o facto que refiro?
Alguns exemplos:
a) «Mas a ERSE admite que esse estudo [ou outra coisa qualquer] pode aumentar os custos...»;
b) relações de igualdade (entre europeus e africanos) não quer dizer que as contribuições de cada um podem ser iguais...» (a propósito da cimeira UE-África);
c) «Agora, o que é irónico é que este "falso" plural é também designado nos prontuários por "plural de modéstia" — o que prova que nem a terminologia gramatical é imune a manipulações ideológicas» (Vossa pelourinho Nós, vós, ele e artigo publicado no semanário Sol, de 29 de Dezembro de 2007).
Então, não deveria ser "possa", "possam" (aliás, "tenham") e "seja", respectivamente?
Obrigado.
Ouvi na RTPN o seguinte (sem pausas):
«... os estragos muito elevados não estão cobertos pelo seguro»
em vez do muitíssimo mais provável:
«...os estragos, muito elevados, não estão cobertos pelo seguro.»
Quando será que os nossos noticiaristas tomam atenção às vírgulas intercalando a devida pausa?
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