Vi as vossas respostas relacionadas com a questão reserva o direito/reserva-se o direito, mas não estou satisfeito com elas.
Digam-me, por favor, como devo traduzir para português o seguinte início de frase em inglês: «XPTO reserves the right to change product features...»
Eu acredito que a seguinte forma é a correcta:
«A XPTO reserva o direito de alterar as características dos produtos...»
No entanto, as vossas respostas parecem indicar que o correcto seria dizer «A XPTO reserva-se o direito de alterar as características dos produtos...»
A XPTO não se está a reservar-se a si própria, nem pretende dizer explicitamente que está a reservar o direito para si própria (isso deve estar apenas implícito, dado que proporciona vários subterfúgios legais que as empresas consideram ser muito úteis). Quanto ao reservar o direito para si própria, também não vejo como a conjugação reflexa "reserva-se" (dado que o sujeito está imediatamente antes) poderia significar «reserva para si».
Sem sujeito/nome, não há dúvidas. A forma correcta é «Reserva-se o direito de admissão», por exemplo.
Obrigado.
Uma propaganda de uma rede educativa, que traz de vez em quando questões relacionadas à língua portuguesa aqui no Brasil, disse que a norma culta não considera correto o uso de «Eu vou precisar de fazer as questões»; o problema apontado por esse programa é a presença da preposição antes do verbo no infinitivo, mas, buscando respostas no Ciberdúvidas, vi que ambas as formas estão adequadas à norma culta, ou seja, «Eu vou precisar de fazer» ou «Eu vou precisar fazer», ambas estão corretas segundo vocês, mas não segundo o programa daqui do Brasil. Afinal, existe alguma referência, algum gramático que acabe com a minha dúvida se ambas as formas podem estar corretas, ou só uma delas, como disse o programa?
Muito obrigado.
Quando se faz uma enumeração de substantivos sem a terminar com um e, deve-se colocar também uma vírgula antes do verbo?
Por exemplo: «A luminosidade, a frescura tépida, as cores súbitas, a suavidade(,?) pareciam indicar a chegada definitiva da Primavera.»
Obrigada!
Será correcto dizer-se que uma coisa é «equivalente de outra» (por exemplo, «como se [os novos] fossem equivalentes dos antigos»), ou diz-se sempre «equivalente a» (e neste caso seria «como se [os novos] fossem equivalentes aos antigos»)?
Grata pela atenção.
Deve dizer-se: «caracterizar alguém como trabalhadora», ou «caracterizar alguém de trabalhadora»?
Na oração «Maria estava em casa», qual a classificação do verbo? O predicado é verbal? Se «em casa» é adjunto adverbial, o verbo é intransitivo?
Procurei em várias gramáticas e não encontrei resposta satisfatória.
«A interface de utilizador remoto permite aos utilizadores um fácil acesso e gestão de qualquer dispositivo de impressão ligado à rede.»
Os substantivos acesso e gestão pedem preposições diferentes («acesso a» e «gestão de»). Ora, uma vez que eu quero juntá-los, porque se referem os dois a «qualquer dispositivo», como poderei fazê-lo sem cair na repetição?
Tenho visto em inúmeros textos literários portugueses revistos a utilização do «por que» nas orações causais, ao contrário de tudo o que o Ciberdúvidas tem escrito sobre o porque causal versus o «por que» causal utilizado no Brasil.
Gostaria que me confirmassem se, já neste preciso momento (2008), foi considerada essa utilização como válida (ao abrigo dos protocolos linguísticos, adaptações de novas gramáticas, sei lá que mais).
Mais uma vez, agradeço o excelente serviço prestado por todos os envolvidos, pois é com certeza a única forma de evitarmos «assassinar» a língua portuguesa.
Reparei, outro dia, no slogan de uma determinada marca de champô, que diz o seguinte: «Cabelos secos, com tendência a ganhar jeitos?» A minha dúvida coloca-se na maneira como está conjugado o verbo ganhar. Será que não devia ser «Cabelos secos, com tendência a ganharem jeitos?» O sujeito da frase está no plural («cabelos»), portanto o verbo deveria concordar com o mesmo, certo?
Esclareçam-me, por favor.
Obrigada e parabéns pelo sítio na Internet!
«A médico, confessor e letrado, nunca enganes»;
«A médico, confessor e letrado, nunca agradeças».
No primeiro caso, estaremos na presença de um complemento directo e, no segundo, de um complemento indirecto, é verdade?
Ou seja, entre enganá-LOS e agradecer-LHES há uma diferença que importa: é que se agradece sempre qualquer coisa (que será um complemento directo, ainda que implicitamente). Em "agradecê-LO", aí, sim, poderíamos observar um C. D.
Poderei fazer este raciocínio e explicá-lo desta forma?
Grata.
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