Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
José Topa Professor Porto, Portugal 14K

Como se deve dizer?

1 – «Há o tempo que não te via» (equivalente a «há que tempo que não te via»)

ou

2 – «Ao tempo que não te via»?

Obrigado.

José Tavares Jornalista Seixal, Portugal 7K

Vi escrito «delegar responsabilidades às instituições correspondentes», o que me parece incorrecto. Não será melhor «delegar responsabilidades nas instituições...»?

Agradeço o excelente serviço que têm prestado a quem se interessa por estas coisas do português.

Cidália da Silva Gutiérrez Estudante Madrid, Espanha 4K

Em Portugal, usa-se muito o advérbio donde? Quais são as acepções mais usadas? Não se preferem sinónimos?

Aí vão os meus sinceros agradecimentos pela atenção de sempre!

Cidália da Silva Gutiérrez Estudante Madrid, Espanha 18K

Acredito que posso dizer indiferentemente as seguintes frases:

«Às segundas tenho aula de Português.»

«À segunda tenho aula de Português.»

(Expressão de hábito)

«Na segunda (dia 13 de Outubro) tenho que ir ao médico.»

«Segunda (dia 13 de Outubro) tenho que ir ao médico.»

(Dia determinado)

Porque usamos «na segunda»/«segunda»?

Aí vão os meus sinceros agradecimentos!

Alberto Menezes Advogado Braga, Portugal 4K

As citações seguintes são retiradas de uma decisão do Supremo Tribunal Administrativo (acórdão de 11 de Janeiro de 2007, disponível na Internet):

— «Ora, é manifesto não ser de deferir ao requerido»;

— «Nestes termos, acordam em indeferir ao requerido a fls. 1188-1198.»

As expressões «deferir ao requerido» e «indeferir ao requerido» são utilizadas com muita frequência em decisões judiciais.

Pretendo saber se são correctas.

Obrigado.

Maria Santos Secretária Mindelo, Cabo Verde 25K

O verbo convocar é um transitivo directo ou indirecto?

Exemplo: «Convoca as pessoas» ou «às pessoas»?

E o verbo responder e ainda perguntar?

Alexandra Gouveia Tradutora Cambridge, Inglaterra 11K

Tenho uma questão quanto ao verbo representar no seguinte contexto: «actor/actriz que vai desempenhar o papel da sua própria história de vida.»

Estará correcta a seguinte redacção:

«O actor vai representar-se a si próprio no filme.»

A questão que me foi colocada é se o «representar-se a si próprio» é redundante?

Agradeço um esclarecimento quanto a esta dúvida.

Patrícia Oliveira Assessora de imprensa Faro, Portugal 3K

Foram recentemente aprovados os novos estatutos da Entidade Regional de Turismo do Algarve, nos quais se esclarece que a designação futura da mesma passa a ser Turismo do Algarve. Mas quando a portaria faz referência ao nome Turismo do Algarve, fá-lo sempre no feminino: «A sede da Turismo do Algarve situa-se em Faro.»

Qual a grafia correcta: a Turismo do Algarve (versão que tem implícita a palavra «entidade») ou o Turismo do Algarve (versão que valoriza o género das duas palavras – masculino)?

Muito obrigada pela atenção.

Diana Oliveira Estudante Braga, Portugal 8K

Gostaria de saber como se classificam as frases complexas cujas orações se repartem pela introdução do discurso directo e o discurso directo propriamente dito. Exemplo:

«Quando o José abriu a caixa disse:
— É para mim!»

Atentando na frase/oração introdutória, se a 1.ª oração é facilmente classificável (subordinada adverbial temporal), já a segunda, ao reduzir-se apenas ao verbo declarativo «disse», suscita algumas dúvidas, pois um dos constituintes fundamentais deste verbo — o complemento directo (CD) — é enformado pela frase simples já em discurso directo. Assim, poderá «disse» ser considerado por si só oração subordinante ou, pelo contrário, e como está em falta um dos elementos essenciais por ele pedido, não poderá de modo algum sê-lo? Caso não possa considerar-se como oração principal, como classificá-lo? E a oração subordinada adverbial continua a sê-lo?

Quanto à frase já em discurso directo («É para mim!»), devemos classificá-la como frase simples (porque o é por si só), ou, sabendo nós que se trata do CD do verbo declarativo antecedente, devemos analisá-la na sua forma de discurso indirecto e classificá-la como oração subordinada completiva?

O mesmo para «Penso — disse meu pai — que te darás melhor em letras»: «disse meu pai» — frase simples, ou, convertendo toda a frase para o discurso indire{#c!}to («O meu pai disse que pensava que me daria melhor em letras»), oração subordinante?

Já agora, aproveito para colocar a mesma questão em relação a frases complexas na interrogativa. Exemplo: «Será que expulsá-lo da aula foi bem pensado?»

Espero ter sido clara na exposição da dúvida.

Obrigada.

Lyubov Safronva Mediadora sociocultural Faro, Portugal 4K

A frase a que se reporta a minha questão é:

«AIPAII-algarve, Associação para a Implementação de Projectos de Apoio e Integração para Imigrantes do Algarve»

Centro da questão a levantar (na parte final da frase): «... do Algarve...» ou «... no Algarve»?

Que associação é esta? Dos «imigrantes» algarvios ou dos «emigrantes» algarvios?

Dos imigrantes (de outros países) que tenham uma relação (preposicional) de pertença (e não de origem) ao Algarve — «do Algarve» — (ainda que não meramente de natureza geográfica — «imigrantes no Algarve»)?

É uma associação do Algarve (algarvia)? Ou é uma associação de... imigrantes-do-Algarve ?

Do de origem, ou do de lugar, ou do de pertença do Algarve?

Agradeço as vossas boas opiniões.

Disponível para esclarecimentos adicionais, se necessário.