A informação temporal varia, podendo ser explicitada através de advérbios de tempo, de sintagmas preposicionais de sintagmas nominais, ou mesmo através de orações temporais.
(ii) «Na segunda tenho aulas de Português.» (sintagma preposicional)
(iii) «À segunda/Às segundas tenho aula de Português.» (sintagma preposicional)
(iV) «Segunda/Esta segunda tenho aula de Português.» (sintagma nominal)
(v) «Quando cheguei à escola, tive aula de Português.» (oração temporal)
Relativamente à preposição em, em (ii), situa/localiza uma eventualidade (ter aulas de Português) num intervalo de tempo [um dia: segunda(-feira)], enquanto a preposição a, em (iii), indica uma reiteração/frequência, e estabelece uma relação entre uma eventualidade (ter aulas de Português) e repetidos intervalos de tempo (as segundas-feiras de todas as semanas).
Quanto a (ii) e (iv), não há dúvida de que têm a mesma interpretação: «Segunda/Na segunda tenho aulas de Português.» E é até discutível que «Segunda», com o emprego que tem em (iv), se trate de um sintagma nominal. Mateus et al. (2003 apud Móia, 1999), afirma que os sintagmas nominais de localização temporal são sempre sintagmas preposicionais, mas a preposição é omitida. Desta forma, podemos dizer:
(a) «Na segunda tenho aulas.»
(b) «Segunda tenho aulas.»
Ambas as formas estão correctas e são equivalentes quanto ao seu significado.
Referências:
Mateus, M. et al, 2003, Gramática da Língua Portuguesa, Lisboa: Caminho