Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 180

Na frase «A perseverança ajuda-nos a lidar com esse tal de medo» a preposição destacada é necessária?

Obrigado.

Rafael dos Santos Castro Professor Fortaleza, Brasil 216

Em frases em que o advérbio aparece no final da frase, por exemplo, «João foi à escola durante o período da tarde», essa frase deve ser virgulada («João foi à escola, durante o período da tarde») ou não?

Existe alguma regra na gramática tradicional que se deve seguir caso o advérbio apareça na posição final em frases?

Obrigado.

Johny Miranda dal Monte Gonçalves Support Engineer São Paulo , Brasil 112

Gostaria de esclarecer uma dúvida sintática a partir de uma frase escrita por Fernando Pessoa:

«Sim, não há desolação, se é profunda deveras, desde que não seja puro sentimento, mas nela participe a inteligência, para que não haja o remédio irónico de a dizer.»

O trecho que mais me intriga é: «...mas nela participe a inteligência...»

Minha dúvida é quanto à natureza sintática e estilística dessa construção. Em português corrente, eu esperaria algo como: «...desde que nela participe a inteligência» ou «...a não ser que nela participe a inteligência», ou mesmo «...mas somente se nela participar a inteligência».

A forma usada por Pessoa – «mas nela participe» – parece deslocar-se do uso adversativo comum do mas e se aproximar de uma construção concessiva ou condicional elíptica, talvez por razões estilísticas.

Essa forma poderia ser considerada um galicismo sintático? Ou haveria influência do inglês, língua que Pessoa dominava e na qual também escrevia? Em inglês, construções como «There is no desolation, but that in it takes part the intelligence» seriam estilisticamente aceitáveis em prosa poética antiga, o que me faz suspeitar de possível interferência estrutural.

Gostaria de saber como se classifica esse uso do mas na gramática do português e se há paralelos em nossa tradição sintática ou se trata mesmo de uma licença poética.

Agradeço desde já pela atenção e pelos esclarecimentos.

Alberto Chamberi Artista plástico Madrid, Espanha 223

Em primeiro lugar o verbo elogiar. Queria elogiar o vosso grande e louvável trabalho.

A minha questão está relacionada com a regência do verbo pagar. Estive a ler algumas das vossas respostas com este tema. Contudo, tenho uma dúvida.

Podemos dizer «pagar com dinheiro» e «pagar em dinheiro»? Existem algumas regras específicas para o uso duma e outra preposição?

Obrigado pela atenção dedicada a este tema.

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria , Brasil 191

Na frase «as atitudes polidas de que lhe falei eram aceitáveis naquela sociedade», o verbo falei é birrelativo?

O verbo falar existe, com dois objetos indiretos, no caso «lhe» e «de atitudes polidas»?

Obrigado.

Delphine Vanhove Ensino Paris, França 336

Será que a tradução portuguesa para o francês «bien que» traduzida por «bem que» continua a ser um galicismo?

Costumo traduzi-lo por «apesar de» + infinitivo pessoal ou embora + modo conjuntivo mas ouço cada vez mais «bem que»...

Obrigada!

Samara Pontes Professora Belém , Brasil 281

Eu vi em livro de Português de 9.º ano que a frase «espero que sim!» é uma oração substantiva objetiva direta.

Mas como isso é possível, se tem apenas um verbo?

Eu procurei em duas gramáticas, porém não encontrei a resposta.

Desde já agradeço a atenção.

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria, Brasil 407

Nas frases:

1. «Os três viviam juntos naquele flat.»

2 . «Eles estão junto do pai.»

o termo juntos é adjetivo e tem a função sintática de predicativo do sujeito na primeira frase?

Na segunda frase, o termo junto é advérbio e exerce a função de adjunto adverbial?

Como saber se uso no singular ou no plural ? Como saber se devo escrever como advérbio ou adjetivo?

Obrigado.

João Pedro Kronixfeld Estudante Campinas, Brasil 357

«O livro é interessante, o autor, inteligente, e o leitor, estúpido.»

Eu poderia usar este para me referir ao leitor, esse para me referir ao autor e aquele para me referir ao livro, da seguinte forma?

«Contudo, este é humilde, esse, arrogante, e aquele, enfadonho.» Além disso, seria possível inverter a ordem? Como se dá a combinação de tais pronomes quando os três estão na mesma frase? E se eu só falasse do autor e do leitor, poderia combinar este e esse em vez de este e aquele?

Obrigado!

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, escritor, pintor, letrista e poeta Vitória (Espírito Santo) , Brasil 366

Qual será a importância e utilidade da utilização do pronome nenhuns (como plural de nenhum), se nenhum, literalmente, já quer dizer «zero» no caso?

Muitíssimo obrigado e um grande abraço!