Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Maria Pais Professora Porto, Portugal 270

Depois da análise de um texto, surgiram dúvidas, atendendo à divergência de opiniões.

Na frase «Foi com ele e com os saudosistas que Pessoa começou a colaborar, ao alcançar a plena maturidade como escritor.», qual a oração desempenhada pelo segmento «que Pessoa começou a colaborar» e qual a sua função sintática?

Muito obrigada pela vossa disponibilidade.

Maria Ribeiro Professora Portugal 262

Na passagem textual «louvai a Deus, enfim, servindo e sustentando ao homem, que é o fim para que vos criou», qual a função sintática desempenhada por «que é o fim para que vos criou»?

Obrigada!

Geobson Freitas Silveira Funcionário público federal Bela Cruz, Brasil 200

É lícito, do ponto de vista da gramática normativa, construções utilizando o vocábulo passante como nos casos abaixo?

«Passante o mês de dezembro, irei te visitar.»

«Passante aquela montanha, encontra-se minha casa.»

Elton Teodoro Estudante Santa Luzia, Brasil 293

Gostaria de saber como tornar a expressão popular «que o que» mais usual ou formal.

Geralmente, no meu ponto de vista, é uma marca de oralidade, como em: «Eu achava que o que ele fazia era errado» ou «Como eu queria que o que eu desejei acontecesse».

Durante conversas eu não me sinto incomodado, mas quando preciso escrever isso em uma carta ou documento, acho estranho e informal. Caso existam equivalentes na língua portuguesa ou uma maneira de tornar a frase esteticamente melhor, eu ficaria muito feliz em saber.

Grato.

Grace Montenegro Enfermeira Porto, Portugal 193

Quando queremos referir uma diferença num fuso horário, qual é a forma mais correta de o escrever?

(1) «Aqui, são seis horas menos que no Porto.»

ou:

(2) «Aqui são menos seis horas do que no Porto.»

(3) «Aqui são menos seis horas que no Porto.»

A minha dúvida eterna: que/ do que, existência ou não da vírgula, correta posição do advérbio menos.

Obrigada!

Luís Maria Vicente Estudante Lisboa, Portugal 150

Seria possível que me esclarecessem acerca da função sintática do constituinte «satírica» na frase «opostamente às Cantigas de Amigo e de Amor, as de Escárnio e de Maldizer envolvem a temática satírica»?

Obrigado.

Carla Cavaco Professora Costa de Caparica, Portugal 288

Na frase «Ao ouvirmos as histórias sobre Pessoa, é como se o conhecêssemos verdadeiramente:», o segmento «como se o conhecêssemos» é uma oração subordinada adverbial comparativa?

Quando a escrevi para colocar num exercício, assumi que era de facto uma adverbial comparativa. Porém, tendo em conta que as orações adverbiais têm função de modificador e o segmento parece desempenhar a função de predicativo do sujeito (ou não?), fiquei com dúvidas e considerei tratar-se de uma oração substantiva relativa. Será que podem ajudar-me a esclarecer?

Agradeço a ajuda.

Geobson Freitas Silveira Funcionário público Bela Cruz, Brasil 222

Seria correto classificar o vocábulo que no contexto abaixo como advérbio de exclusão equivalendo a , somente?

«Não estuda outra coisa que geografia.»

Guilherme Oliveira Professor Igarapava, Brasil 245

Nos versos a seguir:

«Dois amigos numa aldeia
Viviam; – um a cantar;
O segundo, volta e meia,
Descontente, a suspirar.»

poderia comentar sobre o uso do infinitivo com a preposição a? Seriam classificadas como orações subordinadas? De que tipo? Teriam o mesmo valor do gerúndio cantando e suspirando?

João Estêvão Estudante Brasil 304

Li, na Gramática de Napoleão M. Almeida, que o pronome se só pode indicar impessoalidade quando acompanha um verbo intransitivo, transitivo indireto, ou um transitivo direto cujo complemento é preposicionado (e.g.: Louva-se aos juízes).

Ele diz que, não preposicionando os objetos nos verbos trans. diretos, «elas [as palavras que têm essa função] forçosamente passariam a funcionar como sujeitos [i.e. a construção passaria a ser passiva]», e que construções como «Louva-se os juízes», onde o objeto não é preposicionado, seriam galicistas, por atribuírem ao pronome se a função reta.

Qual é o motivo do pronome se não poder indicar impessoalidade com os verbos transitivos diretos sem que o objeto destes seja preposicionado? E por que na construção «Passeia-se bem do Rio de Janeiro» o se não seria sujeito, ao passo que em «Louva-se os juízes» erroneamente se lhe atribuiria a função reta?

Obrigado.