Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Maurício Kataya Revisor São Paulo, Brasil 11K

Qual é a forma correta: «Como poderiam chover flores?», ou «Como poderia chover flores?»? São ambas corretas? Posso considerar como sujeito, no primeiro caso, «flores», e, no segundo, um sujeito oracional?

Pablo Ferreira Médico Goiânia, Brasil 15K

Cumprimento-os por este belíssimo site de auxílio a tantos amantes da língua portuguesa. Quanto tenho usufruído dele!

Minha dúvida recai sobre o verbo bastar. Em muitas situações, mesmo quando o utilizamos como intransitivo, ele parece pedir um complemento. Exemplos:

a) «Bastou ela ir embora para ele voltar.»

b) «Bastou o sol surgir, que as ideias também nasceram.»

c) «Bastou que o meu pai falasse, e todos se manifestaram.»

Estão essas frases acima corretas? Pode-se usar o verbo bastar seguido da preposição para ou das conjunções que ou e?

Há exemplos parecidos no Aurélio, Houaiss e Luft (Dicionário Prático de Regência Verbal), mas nada muito esclarecedor.

Peço-lhes ajuda.

Paulo Aimoré Oliveira Barros Funcionário público Garanhuns, Brasil 3K

Li o seguinte numa publicação religiosa: «Precisamos de alguém de fora para dar-nos o domínio próprio que os estóicos desejavam, e esse alguém é o Espírito Santo.» Nunca vi nos melhores escritores a combinação de um pronome demonstrativo com um pronome indefinido, mas percebo que tal junção se tem intensificado nas matérias que se publicam aqui. Necessito de vossa opinião, pois creio ser muito estranha essa sintaxe... Acredito também que tal arranjo não tem nenhum apoio clássico. Na língua latina nunca jamais vi «hic aliquis» nem «iste aliquis».

Illustrate me! Tenebras solvite!

Genivaldo Guimarães Assistente administrativo Santos, Brasil 4K

No dia 21/03/2010, na Rede Gazeta de Televisão, no programa Prazer em Conhecer, o entrevistado é promotor de justiça, com pós-graduação, doutorado e mestrado segundo ele. Foi feita a pergunta pelo entrevistador se alguma das perguntas havia lhe ofendido, ele respondeu: «Das perguntas que foram feitas, nenhuma das questões me ofendeu.» Gostaria de saber se o verbo ofender neste caso fica mesmo no singular ou no plural.

A outra questão é: na revista Veja número 12, edição 2157, de 24/03/2010, pág. amarela, o escritor escreveu a palavra "benfeito", não encontrei no meu dicionário Houaiss. Gostaria de saber se está mesmo correto, ou foi equívoco, ou se escreve bem feito (separado).

Desde já meus sinceros agradecimentos.

Alexandre Camões Barbosa Médico Lisboa, Portugal 32K

O verbo mudar, na acepção de «trocar de alguma coisa» (por exemplo, de casa), é reflexivo? Ouve-se muitas vezes a expressão «Ele mudou-se de casa», mas segundo dá a entender o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses, de Winfried Busse, não se trata, neste caso, de um verbo reflexivo, mas sim de um verbo transitivo indirecto não pronominal. Isto significa que a estrutura correcta é «Ele mudou de casa». Confirmam esta minha conclusão?

Grato pela atenção pronta que sempre dispensaram às minhas questões.

Bruno Carvalho Arquivista Madrid, Espanha 19K

Como se distingue se longe e perto são adjectivos ou advérbios?

Maria Alves Digitadora Brasília, Brasil 11K

O que é um verbo significativo? Li o artigo, e a minha dúvida continuou, pois refere apenas que a classificação verbo copulativo não se opõe à de verbo pleno. E não explica o que é um verbo significativo.

Obrigada pela atenção.

 

Tânia Oliveira Escriturária Seixal, Portugal 6K

Num destes dias surgiu a discussão no meu grupo de amigos sobre a questão de alguns nomes próprios, como o meu, terem o de pelo meio (exemplo: Pinheiro de Oliveira). E alguém disse que seria uma regra e não uma opção, porque uma palavra termina em vogal e outra começa com vogal. A minha dúvida é: existe essa regra? O meu nome poderia ser Pinheiro Oliveira simplesmente?

Fernanda Hamann Psicanalista Rio de Janeiro, Brasil 46K

O que está correto: «Dar uma olhada em algo» (ex.: «Deu uma olhada nos meninos»), ou «Dar uma olhada para algo» (ex.: «Deu uma olhada para os meninos»)?

Anne Guedes Professora Lisboa, França 9K

Para Carla Viana.

«Ambas as formas estão correctas. A diferença parece residir antes no grau de cristalização das expressões: em "vou a tua casa", com contracção da preposição com o artigo (no Brasil, a chamada crase), nota-se uma tendência para a expressão fixa (idiomatização), como sucede com "em meu nome", que é a locução consagrada, em lugar da que estaria mais conforme ao uso do português europeu — "no meu nome".»

Muito obrigada pela sua resposta. Daí pode inferir-se que quem escreve «vou a tua casa» entende claramente que a é uma preposição?