DÚVIDAS

Tipos de se: integrante, condicional e pronominal
Muito bom ter este oásis em que sábios, em sua plêiade, respondem a questões de português. Parabéns! Hoje, para economizar e-mail, tenho três perguntinhas básicas: 1 – Em «Será muito bom se você passar na prova», o se é integrante, ou condicional? Por quê?2 – Em que casos o se não pode vir antes de infinitivo? Por quê? 3 – Em «Não é bom se dizer ao chefe a verdade», o se é integrante, ou apassivador? Por quê? Muito grato!
Partícula apassivante e tipo de sujeito
Penso ser pacífico afirmar que o «se» em «Dizem-se muitas asneiras em português» é uma partícula apassivante, sendo que essa frase equivale a um «São ditas muitas asneiras em português». A minha dúvida prende-se com a identificação do sujeito e do e seu respectivo tipo (subentendido, indeterminado?) da frase na forma activa. E, presumindo que o sujeito não seja o «se» (posso estar errado), esta partícula desempenha alguma função sintáctica?
«Fazer referência a»
Pelo mesmo motivo por que se diz «é hora de a onça beber água», poderia eu dizer «faz-se referência a a auditoria ter sido conduzida corretamente»? Não sei exatamente o porquê, mas imagino que a resposta à minha indagação seja negativa. No entanto, soa-me no mínimo estranho dizer «faz-se referência à auditoria ter sido conduzida corretamente». Parece-me que, assim como na primeira frase não se junta de com a (por o verbo estar no infinitivo – aliás, olha aqui a mesma dúvida: «por o» ou pelo?), também na segunda não se deveria juntar a preposição a com o artigo a.
Um caso de oração subordinada causal
Na qualidade de encarregada de educação, venho colocar uma dúvida, embora acabe de ter conhecimento que o Ciberdúvidas se encontra interrompido; no excerto que se segue, como se classifica a oração sublinhada («Porque logo a filha revelou espíritos por de mais alevantados...»)? «Os próprios pais de Amância o acharam; mas sem se atreverem a tentar qualquer pressão sobre o espírito da filha. Porque logo a filha revelou espíritos por de mais alevantados na filha de um modesto amanuense, declarando não corresponder Domingos ao seu "ideal".» José Régio, «Os Namorados de Amância», in Contos (excerto)
«Avançar uma tela» e «avançar de tela»
Eu, leitora diária do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa e revisora de textos, venho pedir um esclarecimento sobre o verbo avançar, aliás, todos os possíveis esclarecimentos sobre a regência de tal verbo, principalmente no que se refere às frases abaixo, muito usadas na EAD, em cursos que reviso:«Avance a tela e veja mais sobre o Capital de Giro.»«Avance de tela para prosseguir.»«Avance para a tela seguinte.»«Avance para a próxima tela.»A expressão «Avance de» está correta? Não vejo razão para tal uso, mas algumas professoras de português insistem em dizer que tem de ser assim. Comummente uso «Avance a tela...» no sentido de adiantar, mas discordam.Uso o conceito 6 de Luft, em seu Dicionário Eletrônico Luft de Regência Verbal, conforme imagem a seguir:AVANÇAR1.Int. ou TI: avançar (em, para): caminhar para a frente, adiantar-se.2. TDp(i): avançar-se (a, até, até, contra) ou TI (mais usado): avançar-se para o inimigo:3. TDpl: avançar-se em, por: penetrar, adentrar-se, embrenhar-se;4. TD(I): avançá-lo (sobre) Int ou TI: avançar (sobre) 5. TI: avançar a... Atingir, montar; Avançar em: adiantar-se, progredir;6. TD: avançá-lo. Adiantar: avançar um passo; Avançar caminho.7. Int.: avançar. Progredir, adiantar-se.Agradeço a possível ajuda.
A concordância do particípio
com «...um conjunto de..»/«uma grande quantidade de...»
Tenho diversas dúvidas sobre a nossa língua que gostaria de ver esclarecidas. Como me surgiram na prática, remeto as frases em concreto em que as dúvidas se colocaram, pedindo que assinalem qual a hipótese correta e, se possível, qual a regra aplicável: 1. «É um conjunto de documentos já analisado.»/«É um conjunto de documentos já analisados.» 2. «É uma grande quantidade de documentos já analisada.»/«É uma grande quantidade de documentos já analisados.»
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