«Que o candidado pudesse vencer a eleição» é uma oração subordinada completiva (ou integrante, na tradicão gramatical luso-brasileira), selecionada como argumento interno direto do verbo volitivo e optativo esperar da oração subordinante «Ninguém esperava». Com base na etiqueta que utiliza para a classe dos nomes/substantivos, este tipo de oração também é denominada subordinada substantiva1.
Portanto, a oração subordinada completiva (ou integrante) tem a função de complemento direto/objeto direto da oração subordinante.
A comprovar a classificação de subordinada completiva (integrante) está o facto de poder ser substituída pelos pronomes demonstrativos invariáveis isto ou isso. Repare-se como isso é possível:
«Ninguém esperava isto/isso.»
Fontes: Gramática da Língua Portuguesa (Lisboa, Caminho, 2003), de Maria Helena Mira Mateus et al., pp. 608-609).
1No Brasil é mais comum dizer que, neste caso. se trata de oração subordinada substantiva objetiva direta (informação fornecida pelo consultor Luciano Eduardo Oliveira).