Sempre estudei que a gramática e o bom senso nunca abonaram a construção se (com função de sujeito) e o pronome o e suas flexões a, os e as (objeto direto), por ser contrária à índole da língua portuguesa.
Uma questão de concurso público, entretanto, afirmou que a construção «podem ser descritas» equivale à construção «pode-se descrevê-las».
Ora, esta última maneira de construir fere precisamente a norma gramatical supramencionada, porquanto o pronome se está claramente exercendo a função de sujeito da locução verbal ou conjugação perifrástica «pode descrever». Conforme tudo o que pude equilibradamente compreender ao longo de mais de vinte anos de dedicação a estudos gramaticais, o modo correto de escrever o equivalente a «podem ser descritas» é «podem-se descrever» ou «podem descrever-se».
O torneio «pode-se descrevê-las», além de agredir hediondamente a tradição gramatical e o gênio da língua portuguesa estreme, não me parece nada passivo, uma vez que o se (função francesa) está desempenhando a função de sujeito, o que vai também de encontro à origem do idioma português (o se do latim não exercia a função nominativa).
Importa-me saber a vossa opinião a respeito dessas considerações.
Na frase «De manhã, a Joana toma banho», em que grupo constituinte da frase se inclui o «de manhã» e qual a sua função sintática?
Gostaria de saber como funciona a concordância quando usamos «talvez um dos».
Ex.: «Traçar e redesenhar a vida cotidiana, a esfera pública e novos modos de usar a cidade é talvez um dos maiores desafios colocados.» Nesse caso, o verbo concorda com «um dos», ou não?
«Alerta | EPM-CELP interrompe atividades letivas em 16 e 17 de fevereiro.»
Gostaria de saber se a frase está correta. Não seria mais correto dizer: «EPM-CELP interrompe atividades letivas a 16 e 17 de fevereiro»?
Eu gostaria de saber qual das expressões está mais correcta: «lavável à máquina», ou «lavável na máquina»?
Na frase: «Assim, um espírito moderno, que se vinha processando, apenas encontrou no Orpheu aquele escândalo momentâneo que justifica os “nascimentos” convencionais», «que se vinha processando» tem valor restritivo? Em caso afirmativo, porquê?
Peço o favor de me informarem qual a expressão correcta:
– «advertir (alguém) que»;
– «advertir (alguém) de que».
Agradeço a atenção, e congratulo o Ciberdúvidas pelo seu precioso contributo para a língua portuguesa e seus falantes.
Na frase «tenho o casaco vestido», a palavra vestido é um adjetivo, ou uma forma verbal?
Na frase «Firmino protegeu os pássaros», qual a função sintática de «os pássaros»?
«Os amigos lhe esperavam para iniciar o passeio.»
Por que a construção da frase acima está errada?
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