Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Diogo Silva Técnico informático Lisboa, Portugal 8K

Hoje ouvi na rua uma rapariga comentar para uma amiga «Eu disse-lhe: vai tu t´embora!».

Gostava de saber qual a forma correcta de o dizer, «Vai tu embora!», ou «Vai-te tu embora!»?

João Alves Estudante Lisboa, Portugal 17K

É correcta a expressão «derivado a» com o valor de «devido a»? Não é raro aparecer esta construção em textos de imprensa, havendo escritores, como António Lobo Antunes, que a usam recorrentemente nas suas obras. Fica a dúvida se no segundo caso se tratará apenas de uma liberdade de escritor, ou se será manifesta falta de rigor...

Maria Lima Estudante Amadora, Portugal 4K

Gostaria de saber se é correta a expressão «o discernir dos valores».

Peço também esclarecimentos sobre a regência de discernir.

 

Paula Reis Professora Coimbra, Portugal 6K

Gostaria que me ajudassem na substituição da expressão «para estar aqui» na seguinte frase, por um pronome. A frase é: «Pediste-me para estar aqui às 5 horas.»

Estou um pouco confusa e não tenho bem a certeza de qual o pronome correto.

Maria Monteiro Professora de Língua Portuguesa do 3.º ciclo e do sec. Viana do Castelo, Portugal 8K

Relativamente ao Dicionário Terminológico, que é o documento orientador do Conhecimento Explícito da Língua, muitas dúvidas me têm inquietado, sobretudo no que se refere aos constituintes selecionados pelo nome, quando se trata de um grupo preposicional, iniciado por de, pelo facto de esse grupo poder exercer sintaticamente a função de complemento do nome ou modificador restritivo do nome.

Tendo em conta o contexto (perspetiva inerente ao CEL), eu questiono se o mesmo grupo preposicional pode mudar de função sintática em função do dito contexto, como acontece no grupo verbal (complemento oblíquo/modificador do grupo verbal). Concretizando, na frase: «A cidade de Viana do Castelo localiza-se na região do Minho», o grupo «de Viana do Castelo» é complemento do nome, ou modificador restritivo? A mim parece-me que a palavra cidade exige/seleciona, neste contexto, um complemento, logo seria complemento de nome. Porém, na frase: «Eu vou à cidade de Viana do Castelo», o mesmo complemento me parece dispensável, ou seja, o nome cidade não o exige, o que me leva a pensar que é modificador restritivo, pelo facto de a aceção do nome cidade ser diferente, já que, no segundo caso, o significado de cidade pode ser antónimo de aldeia (e não repartição administrativa, como na primeira situação).

Ainda a este propósito, considera-se que o grupo preposicional «de gravuras» na frase «Gostei do livro de gravuras» é modificador, ou complemento do nome?

Já detetei versões diferentes em livros/gramáticas. E na frase «Coloquei o livro de gravuras na estante», a função é a mesma?

Cláudio de Oliveira Professor Meruoca, Brasil 6K

Posso empregar uma frase usando o se com o verbo agradecer (que tem regência indireta) no seguinte caso: «Ele agradeceu-se pelo sorriso» (o sentido é este: ele agradeceu a si mesmo pelo sorriso)? É possível eu usar «Ele se agradeceu-lhe»?

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 2K

«Da boa ação, se Deus sabe, ninguém mais precisa saber. Da má ação, se Deus não sabe, alguém Lhe fará saber.»

Gostaria de uma explicação sobre o provérbio acima, especialmente a segunda frase.

Rosane Almeida Estudante São Gonçalo, Brasil 11K

«Quem canta os males espanta», ou «Quem canta, os males espanta»? Há, ou não, vírgula? Caso não haja, a justificativa seria «quem canta» ser sujeito de «os males espanta»?

Rodrigo Nahum Alvarez Ferreira Estudante Sorocaba, Brasil 12K

Primeiramente, parabéns pelo excelente site que já me ajudou em inúmeras dúvidas. Não obstante, não consegui ainda achar uma solução para o seguinte:

Em formas verbais terminadas em r, s ou z, têm-se:

fá-lo-ia (faria isso)

qui-lo (quis isso)

etc.

Porém, quando se adiciona -se, o complemento do objeto direto -lo se distancia do verbo, o que retira o motivo pelo qual a partícula r, s ou z, é omitida.

A mesóclise faz-se-lo é, portanto, correta? O -lo deve continuar referenciando a forma verbal, mesmo estando distanciado da mesma?

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 4K

A propósito da consulta feita por Alexander Meurer em 27/10/2011, pergunto:

Na frase objeto da consulta («Trabalhar no Tribunal de Justiça é um grande sonho meu»), por que se afirma que «um grande sonho meu» é o sujeito? E se a frase fosse esta: «Trabalhar no Tribunal de Justiça é bom»? O sujeito nesse caso já é «trabalhar no Tribunal de Justiça», apesar de se tratar de estrutura gramatical idêntica à da frase anterior.

Penso que a dúvida apresentada pelo nobre Alexander seja justamente essa.

Gostaria de uma nova abordagem da questão pela competente consultora Eunice Marta, a quem desde já agradeço.