Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Matheus Amorim da Silva Paes Autônomo Matinhos, Brasil 2K

Na oração «a lida, o sonho, a morte e a alegria é tudo o que se colhe na existência», qual é o sujeito e predicativo?

O correto não seria «a lida, o sonho, a morte e a alegria SÃO tudo o que se colhe na existência»?

Obrigado.

António Duarte Campos Estudante Alcobaça, Portugal 1K

Gostaria de saber como se designa o acto de volver, enquanto sinónimo de regresso.

Como não encontro em parte alguma, pensei que não existiria, mas não creio que nunca se tenha empregue, por exemplo, o termo "volvência".

Obrigado.

Maria José Marques Veiga Professora Portugal 1K

Na frase «A situação política deflagrou em 1383-1385», qual a função sintática de «em 1383-1385»?

Tenho dúvidas se será modificador ou complemento oblíquo.

Obrigada, desde já.

Sofia Rente Professora de Português Maia, Portugal 1K

Deparei-me com o exercício de escolha múltipla abaixo que me parece algo ambíguo.

Na minha opinião, a resposta certa é a A, mas depois de consultar vários colegas da área e alunos, obtive mais do que uma resposta (A e B). Será que este exercício carece de reformulação já que num exercício desta tipologia se pressupõe que apenas exista uma resposta correta.

Leia a frase e selecione a mensagem de telemóvel correspondente.

«A D. Teresa pede à Ana para lhe levar o livro.»

A. Ana, preciso do livro hoje. Tem de o trazer esta tarde. Obrigada.

B. Ana, não se preocupe. Não faz mal. Pode trazer o livro amanhã?

C. Olá, Ana! Pode ficar com ele agora e na próxima semana dá-me o livro.

Sofia Rente Professora de Português Maia, Portugal 1K

Uma aluna de PLE nível B1 escreveu a seguinte expressão num texto: «os meus pais levavam eu e a minha irmã».

Corrigi a frase para: «os meus pais levavam-me a mim e à minha irmã». Ela compreendeu a alteração e a substituição do pronome de sujeito eu pelo pronome de complemento de complemento direto me, mas questionou-me sobre a necessidade de incluir a expressão «a mim», uma vez que lhe parece um uso redundante. A pergunta pareceu-me pertinente, mas expliquei-lhe que não podemos omitir «a mim», sob pena de a frase se tornar incorreta (*os meus pais levavam-me e à minha irmã).

Gostaria de confirmar como se pode explicar o uso repetido dos pronomes numa expressão deste género. Trata-se de um verbo transitivo direto e indireto que exige neste caso o complemento direto (me) e o oblíquo («a mim»)? E há alguma forma mais simples de explicar isto a um aluno estrangeiro sem entrar em tecnicismos?

Muito obrigada.

António Santos Tecnico Laboratorial Lisboa, Portugal 1K

Posso dizer escapada? Por exemplo, «vou dar uma escapada até ao Algarve».

Ou é uma palavra brasileira? Ou devo dizer escapadela ou escapadinha?

Raquel Ribeiro Consultora de comunicação Lisboa, Portugal 1K

Ouço e leio frequentemente a palavra "publicidades", que julgo ser usada por confusão com "anúncios". Sendo a publicidade uma técnica de comunicação que recorre a anúncios, afigura-se-me que o termo "publicidades" não faz sentido.

Afinal, "faz-se publicidade a", não se "faz publicidades a"! O que dizem os especialistas?

O uso do termo "publicidades" é ou não correto?

Obrigada.

Margarida Gonçalves Coordenadora Estarreja, Portugal 6K

O correto é «Ligar-lhe-ei o mais brevemente possível» ou «O mais breve possível»?

Ana Santos Estudante Porto, Portugal 1K

Gostaria de esclarecer a seguinte dúvida: por que razão é classificada nas frases «Ando a ler O ano da morte de Ricardo Reis» (situação iterativa), «Os alunos, naquela tarde de chuva, contavam entusiasmados todo o dinheiro recolhido para a viagem de finalistas» (situação imperfetiva)?

Como distinguir corretamente uma situação iterativa de uma situação imperfetiva?

Obrigada pela atenção.

Bohdan Litkovets Tradutor Lisboa, Portugal 1K

Caros peritos da língua,

Considerem a frase:

«Putin descreveu o leste da Ucrânia como "território histórico" da Rússia e voltou a insistir que a Rússia tinha tentado negociar um acordo pacífico antes de enviar tropas, mas "foi enganada".»

Como compreender o valor aspetual da construção "tinha tentado negociar"? É télico ou atélico?

Isto parece-me ser aberto à interpretação de cada um da frase.

Estamos a falar de uma ação/tentativa de fazer um acordo? Ou talvez de uma série de tentativas contínuas que se prolongaram por um longo período de tempo? Não tenho certeza, mas talvez o verbo tentar seja por si só um operador aspetual na frase, cujo valor não consigo determinar.

Agradeceria um comentário de um especialista.