O constituinte em questão tem a função de modificador do grupo verbal.
O verbo deflagrar pode funcionar como transitivo direto, pedindo como argumento um constituinte com a função de complemento direto:
(1) «A tempestade deflagrou um incêndio.»
Com este uso, o verbo tem o sentido de «causar combustão; provocar»1.
Este mesmo verbo pode também ser usado como intransitivo, com o valor de «entrar em combustão; surgir de repente». Neste caso, o verbo não pede complementos:
(2) «A bomba deflagrou.»
Este é o caso da frase transcrita em (3), da qual se pode omitir o constituinte «em 1383-1385» por não ser pedido pelo verbo, o que indica que este desempenha a função sintática de modificador do grupo verbal:
(3) «A situação política deflagrou em 1383-1385.»
Disponha sempre!
1. Cf. Malaca Casteleiro, Dicionário Gramatical de Verbos Portugueses. Texto Editores, 2007.