Gostaria de saber se existe outro verbo para massajar. Recentemente ouvi massagear e perguntei-me se seria a versão do PB.
Estava a contar à minha filha a história da/do (?) Capuchinho Vermelho, quando me surgiu exactamente esta dúvida. Será a, ou o Capuchinho Vermelho? Embora não me soe tão bem, parece-me que o correcto seria «a Capuchinho Vermelho», porque se trata de uma menina, mas a maioria das editoras opta por colocar o artigo no masculino. Gostaria de saber a vossa opinião.
Agradecia que me esclarecesse qual é a função sintática de «que estou ouvindo a S. Mateus» em «Parece-me que estou ouvindo a S. Mateus, sem ser apóstolo pescador, descrevendo isto mesmo na terra».
Qual é o campo semântico da palavra dimensão?
«Corre-se riscos.»
«Correm-se riscos.»
«Riscos são corridos»?
Ou «correr risco» é estar exposto a perigo, a risco, e portanto não é o risco que corre ou que é corrido — a pessoa é que fica exposta ao risco, que corre o risco. Nesse caso, o correto seria «corre-se riscos»!
Alguns manuais do 7.º ano incluem, e com sentido, os verbos tornar-se e revelar-se como copulativos, deixando a indicação de que há mais.
Peço uma pequena lista de mais alguns verbos copulativos a acrescentar aos já conhecidos.
Nas orações abaixo, qual a função sintática de suas? Por se tratar morfologicamente de um pronome possessivo, poder-se-ia dizer que exerce a função de adjunto adnominal. Contudo, uma análise mais atenta revelaria que suas se refere a «direitos humanos». Desta forma, considerando que «violações» é um nome que exige complementação semântica e que «direitos humanos» complementa o sentido de «violações», funcionaria suas como um complemento nominal? Se esta análise estiver correta, é adequado utilizar um pronome possessivo como complemento nominal? Em caso negativo, qual seria então a alternativa para evitar a repetição de «direitos humanos» sem alterar substancialmente a estrutura frásica?
«Urge ensinar direitos humanos em escolas e universidades. A sociedade parece ignorar sua universalidade e a gravidade de suas violações.»
Qual o antónimo de egoísta?
Mais uma vez os parabenizo pela riqueza que é esse site.
Segundo a gramática normativa, verbos dicendi são aqueles que aparecem nos discursos diretos e têm a função declarativa (ou «sensitiva», segundo alguns linguistas). Os dicendi tradicionais são transitivos diretos como dizer, afirmar, exclamar, perguntar, responder, redarguir.
Porém, encontramos na literatura brasileira verbos intransitivos e transitivos indiretos atuando como dicendi. Exemplos retirados de Dom Casmurro, de Machado de Assis:
«– Tem razão, Capitu – concordou o agregado» (página 160).
«– Mas eu tinha pedido primeiro – aventurou Pádua» (página 44).
«– Coitado de Manduca! – soluçava a mãe» (página 122).
E, por último, a que mais me impressionou:
«Depois de lhe responder que sim, emendei-me: – Deus fará o que o senhor quiser» (página 41).
Gozam os autores do direito de «licença poética», sabemos bem. Mas existe algum padrão do que é certo ou errado nesses casos?
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