Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
João Villas Bôas Desempregado Rio de Janeiro, Brasil 20K

Qual a origem da expressão «Quinto dos Infernos»?

A explicação corrente – o quinto cobrado por Portugal ao Brasil Colônia – não faz sentido; pelo menos no uso que se dá atualmente: «vá para o Quinto dos Infernos...»

Helena Jesus Professora Marinha Grande, Portugal 6K

Gostaria de saber em que subclasse do adjetivo se pode incluir a palavra dourado. Parece pertencer aos relacionais, mas há quem julgue tratar-se de um adjetivo qualificativo.

Manuela Monteiro Professora Lisboa, Portugal 35K

Na frase «Hoje, ninguém foi trabalhar», gostaria de saber qual o tipo de sujeito de ninguém (simples, ou indeterminado?)

Paulo Alexandre dos Santos Silva Desempregado Ponte de Lima, Portugal 7K

Num conhecido sítio português da Internet destinado a promover uma conhecida colecção de livros infanto-juvenis, Uma Aventura (www.uma-aventura.pt), encontravam-se disponibilizadas algumas sugestões de trabalho, para análise dos referidos livros, a utilizar em contexto de sala de aula, nas escolas, no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa. Num dos aludidos exercícios sugeridos encontrava-se a seguinte expressão composta, que eu não consigo entender: «jogo-sabatina».

Podiam-me explicar o que é de facto um jogo-sabatina, no contexto apresentado?

Maria Teresa Afonso Professora Setúbal, Portugal 12K

Ao resolver um exercício sobre o poema de Ricardo Reis Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio, deparei-me com a seguinte questão:

«No primeiro verso da segunda estrofe, a forma verbal pensemos encontra-se no:

– presente do indicativo

– presente do conjuntivo

– pretérito imperfeito do conjuntivo.»

A dúvida reside no facto de me parecer que estas formas verbais estão no imperativo e não no presente do conjuntivo, como indica a solução (nem há hipótese para o imperativo). Penso que poderá tratar-se de um lapso, por isso, gostaria de confirmar.

Jéssica J. Estudante Oliveira de Azeméis, Portugal 46K

Como é que se chama um conjunto de folhas secas?

Como é que se chama um conjunto de lenha?

João Silva Professor Guimarães, Portugal 8K

Numa aula de Língua Portuguesa, a professora classificou de predicativo do sujeito a palavra sol, na frase «Está sol». Logo de seguida, uma aluna perguntou qual era o sujeito da frase. No seu entender, a frase não teria sujeito, logo sol não poderia ser predicativo do sujeito.

Na sala dos professores, uma vez colocada a dúvida, ninguém soube dar uma resposta. Pergunto: como se resolve esta questão? A frase tem, ou não, sujeito? Se não tem, poderá sol ser o predicativo do sujeito?

Manuela Bailão Funcionária internacional Genebra, Suíça 4K

Uma dúvida para a qual não consigo encontrar reposta adequada: o verbo amar utiliza-se para pessoas e para coisas?! E também para situações?! Tenho visto ultimamente escrito «amei este quadro», «amei esta viagem», «amo poesia», e isto perturba-me.

Luís Esteves Professor Rio de Janeiro, Brasil 7K

Em «Havia dúvida de que o fato fosse verdadeiro», temos o verbo havia como intransitivo. Como podemos classificar a palavra dúvida? É um complemento de havia (havia o quê?), não é?

João de Brito Professor Vila Real, Portugal 7K

Leciono o 2.º ciclo e vamos entrar nas funções sintáticas. Há novo programa e um exame nacional no fim do ciclo. E há um grande problema de consciência para mim. Passo a explicar.

Por decreto, o DT impõe que os verbos constantes de uma determinada lista implicam sempre um nome predicativo do sujeito. Ora, isto ofende aquele princípio básico e indiscutível que obriga a tratar diferentemente o que é diferente. E a diferença, neste caso, não está nesse grupo de verbos, mas na natureza do referido predicativo – incide diretamente no sujeito e com ele coincide, considerando-o como um todo. Ex.: «Ele está doente.» Ora, isto é bastante diferente de «Ele está em casa». Aqui, a expressão «em casa» não incide diretamente no sujeito e muito menos coincide (se identifica) com ele. Este verbo (predicador) não é copulativo, mas incorpora aquela expressão, primeiro, e só depois realiza a predicação. Ou seja, aquela expressão é predicativo do predicador e não do sujeito.

Nota: Uso aqui a nomenclatura tradicional, porque, em rigor, todo o predicado e o predicado todo são predicativo do sujeito...

Estando disto convencido até prova em contrário, como posso eu, que, antes do português, promovo a lealdade na relação com os alunos, dar-lhes coelho por lebre?!