Inês Duarte, no capítulo 10 da Gramática da Língua Portuguesa (Lisboa, Caminho, 2003, p. 302), indica a seguinte lista exemplificativa de verbos copulativos – também denominados predicativos, de cópula ou de ligação: andar1, continuar1, estar, ficar, parecer, permanecer, revelar-se, ser, tornar-se.
O próprio Dicionário Terminológico, para exemplificar a definição de verbos copulativos, indica os verbos copulativos mais conhecidos: «Verbo que ocorre numa frase em que existe um constituinte com a função sintática de sujeito e outro com a função sintáctica de predicativo do sujeito. Exemplos: Costumam listar-se como verbos copulativos os seguintes: ser, estar, ficar, parecer (como em "parecer doente"), permanecer, continuar (como em "continuar calado"), tornar-se e revelar-se.»
1Os verbos andar e continuar nem sempre funcionam como elo de ligação entre o sujeito e o predicativo do sujeito, pois tudo depende do valor/sentido que tenham num determinado enunciado. O verbo andar é, também, um dos verbos inergativos, «ou verdadeiros intransitivos (denominados intransitivos na tradição gramatical luso-brasileira) [que] são verbos de um lugar que selecionam um argumento externo com a relação gramatical de sujeito» (idem, p. 300), como é o caso da frase «O meu sobrinho mais novo já anda». Por isso, só em alguns casos é que podem ser classificados como copulativos, o que acontece quando podem ser substituídos por estar e permanecer. Por exemplo, nas frases «Eu andei muito preocupado» e «Continuamos silenciosos», os dois verbos têm o valor de copulativos.