A propósito nomeadamente da sequência em inglês «... determine the most efficient within- and between-model transitions...», coloco a questão de como converter devidamente para o português os adjetivos ''within-model'' e ''between-model''.
Uma hipótese seria «dentro do modelo» e «entre modelos», respetivamente. Mas não é possível usar através do uso dos elementos de composição intra e inter uma outra tradução, possivelmente mais elegante, adjetivando as referidas transições? Analogamente, a expressão «within- and between-sample analyses'» não se poderá traduzir por «análise intra-amostra e análise interamostras»?
Muito obrigado pelo esclarecimento.
Na seguinte passagem de um artigo sobre o terramoto que aconteceu no ano passado no Nepal, lê-se:
«Os dois amigos chegaram ao Nepal na noite de 24 de abril, após uma longa viagem de mochila às costas por vários países asiáticos. A aventura, julgavam, estava perto do fim. Quinze horas depois de aterrarem, o chão tremeu, matando quase nove mil pessoas.»
Não será mais correto utilizar aqui o gerúndio na sua forma composta, já que a morte das pessoas foi consequência do tremor de terra («o chão tremeu, tendo matado quase nove mil pessoas»)?
Qual o exato significado da locução temporal «tanto que»?
Obrigado.
No livro Não é errado falar assim, Marcos Bagno menciona telefonema como substantivo de gênero variável. Eu nunca ouvi «a/uma telefonema» em Botucatu, SP, Brasil, sempre «o/um telefonema» (se se tornou feminino nestes últimos anos, não saberia dizer). Procurando no Twitter, noto que pessoas de várias regiões do Brasil usam, efetivamente, o substantivo como feminino, mas não só no Brasil, algumas em Portugal também, apesar de «o/um telefonema» continuar a ser a forma maioritária em ambos os países. Têm alguma informação a respeito?
Gostaria de tentar esclarecer uma dúvida relativamente à utilização do termo adequar ou adquirir.
Contextualizando:
Na definição de líquido diz-se, habitualmente, que estes adquirem a forma dos recipientes.
Na construção de uma frase relativa ao tema, escrevi o seguinte: «A água adequa-se à forma dos recipientes que a contêm.»
Foram várias as pessoas que se insurgiram contra a utilização do termo “adequa-se”. Sugerindo que se deve dizer, como é mais habitual, «A água adquire a forma dos recipientes que a contêm».
Não obstante a questão de se tratar (ou não) de um verbo defetivo, assunto sem consenso e por isso de livre escolha, considero que, pelo significado de cada uma das palavras, o termo mais correto será mesmo “adequa-se”, e não “adquire”.
Gostaria de obter a vossa opinião sobre esta questão.
Muito obrigado.
Tenho visto na imprensa a utilização recorrente do adjetivo emocionante em contextos que considero desadequados. Por exemplo, expressões como: «Relatos emocionantes...», referindo-se a testemunhos de sobreviventes no atentado no aeroporto de Istambul. Não seria mais correto escrever «relatos emotivos...»? É que, para mim, embora muitas vezes sejam sinónimos, no caso, testemunhos tão traumáticos, qualificar-se-iam como «emotivos» – e nunca como «emocionantes»!...
Vários especialistas e reputados políticos têm utilizado ultimamente as expressões “ecossistema informático”, “ecossistema económico”, “ecossistema financeiro”, etc. Não sendo filólogo, penso que ecossistema é uma palavra composta, em que o elemento eco derivou da ciência dita ecologia (ramo da biologia). Ora, de acordo com o livro de ecologia mais frequentemente utilizado no ensino em Portugal – Eugene P. Odum. Fundamentos de Ecologia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian –, «ecologia é definida como o estudo da relação dos organismos ou grupos de organismos com os seus meios ambientes, ou ciência das inter-relações entre organismos vivos e o seu ambiente».
Assim, afigura-se-me que aqueles ilustres senhores talvez queiram dizer (no caso da economia, informática, etc.) “holossistema”, isto é, um sistema “holístico” – «Holo: elemento grego que exprime a ideia de ‘inteiro’, ‘todo’».
Será, pois, correto dizer, como os políticos da recente ‘vaga’, “ecossistema económico”?
Grato pelo esclarecimento.
O sentido das duas frases que se seguem é equivalente?
(1) O António sente pena pela sua família.
(2) O António sente pena da sua família.
Poderiam explicar a diferença entre oferta e promoção?
Muito obrigada.
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