DÚVIDAS

Concordância com sujeito composto ligado por nem
Gostaria de esclarecer de uma vez por todas uma dúvida que tenho na letra de uma canção que escrevi, os versos são os seguintes: «Quero lhe dizer que isso é apenas um momento E nada nem o tempo, me (fará ou farão) desistir tão fácil de você Sou persistente e por sinal Nessa história boto vírgula e não ponto final...» Devo utilizar fará, ou farão? Devo concordar no singular ou no plural? Muito obrigado.
Ainda «um termo para locais temporariamente húmidos»
Na resposta de 05/07/2010 Um termo para locais temporariamente húmidos, é proposto pelo Ciberdúvidas o neologismo "temporigrófilo", respondendo ao pedido do consulente. Muito agradeço tal resposta. Porém, a base XVI do Novo Acordo (1990) é clara quanto à hifenização de formações por recomposição, quando o segundo elemento começa por h (que julgo corresponder ao caso em apreço). De acordo com a base XVI, o exemplo apresentado na resposta referida ("electroidráulico"), escrever-se-á futuramente "eletro-hidráulico". Sabendo que o antepositivo temp(or)- existe em português (do latim "tempus","tempòris"), qual a grafia correcta deste neologismo à luz do Novo Acordo: "tempori-higrófilo", "tempor-higrófilo", ou outra? Agradeço a vossa paciência.
Ortografia e plural de «planeta anão»
A UAI decidiu em 2006 retirar a Plutão o estatuto de planeta e criou uma nova classe chamada dwarf planets em inglês e cujo termo serve para descrever um corpo que não é considerado um planeta mas que partilha algumas características. Houve até uma altura em que as próprias luas eram referidas como «planetas menores». A palavra em português para descrever esta classe de corpos mais usada é «planeta anão». Deverá, ou não, levar hífen? E qual será a melhor forma plural?
Acerca da grafia da palavra assiduidade
A palavra assiduidade, no dicionário, apresenta-se escrita sem acentuação, mas no entanto a fonética da mesma, nomeadamente no ditongo ui, pronuncia-se como "uí". A minha pergunta é se a mesma não devia ser escrita como "assiduídade", ou pronunciada como "a- ssi - dui - da - de" e não "a- ssi -du - í -da - de". Não sei se fui claro na exposição da minha dúvida, dado a mesma estar relacionada com a fonética. Desde já grato pela atenção.
A grafia de sapato e de salema
Embora escrevesse sapato, salema etc., o grande estudioso da língua portuguesa Cândido de Figueiredo afirmava que tais palavras deveriam grafar-se "çapato", "çalema"... Li isso numa de suas obras, Problemas da Linguagem. Em que se baseava o mestre lusitano para dizer que esses e outros vocábulos deveriam ser escritos com cê cedilhado inicial e não com s? Seria certo escrevê-los hoje com ç inicial? Muito grato!
As acepções de taxa e de tacha
Não me sinto muito à vontade na apresentação desta dúvida, mas o certo é que ela me assaltou o espírito e os amigos dicionários não conseguiram dissipá-la. Diz-se, por exemplo, que a «tacha de ignorância de Portugal é assustadora», e que «a taxa de desemprego bateu as previsões mais pessimistas». Mas porquê «tacha de ignorância» e «taxa de desemprego»? Estive a ler variadíssimos artigos no Google e... fiquei pior, pois aparece quase indistintamente "tacha ou taxa de desemprego". Disse para comigo que afinal pensava que sabia alguma coisa da nossa língua e, numa expressão tão banal nos dias de hoje, eis que a hesitação e a dúvida se impuseram. Afinal sei mesmo pouco, mas considero que "taxa" é que está correcto! A quem tiver dois minutos de paciência... os meus antecipados agradecimentos.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa