Nos compostos em que intervém o advérbio mal, este é seguido por hífen apenas se o segundo elemento de composição começar por vogal ou h1. Tendo em conta que absorção e absortivo são formas legítimas (pelo menos, estão dicionarizadas; cf. Dicionário Houaiss e Grande Dicionário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado), deverá, por conseguinte, escrever-se mal-absorção e mal-absortivo, porque os segundos elementos começam por vogal.
1 No Acordo Ortográfico de 1945, Base XXIX, lê-se:
«10.°) compostos formados com os prefixos com e mal, quando o segundo elemento começa por vogal ou h: com-aluno; mal-aventurado, mal-humorado; [...]»
No n.º 4 da Base X do Acordo Ortográfico de 1990 mantém-se a mesma regra para mal-:
«Emprega-se o hífen nos compostos com os advérbios bem e mal, quando estes formam com o elemento que se lhes segue uma unidade sintagmática e semântica e tal elemento começa por vogal ou h. No entanto, o advérbio bem, ao contrário de mal, pode não se aglutinar com palavras começadas por consoante. Eis alguns exemplos das várias situações: bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado; mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado; bem-criado (cf. malcriado), bem-ditoso (cf. malditoso), bem-falante (cf. malfalante), bem-mandado (cf. malmandado), bem-nascido (cf. malnascido), bem-soante (cf. malsoante), bem-visto (cf. malvisto).»