Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Polémicas em torno de questões linguísticas.

« (...)  Em primeiro lugar, é preciso avaliar qual a vantagem de se manter o ponto nos ordinais quando na sua redução com algarismos. Como se refere no texto que aqui me leva, habitualmente permite que o género masculino do ordinal se distinga do grau de temperatura: 10.º, décimo, é diferente de 10º, graus.  Depois, temos de avaliar o sentido que a tradição dá ao ponto neste caso. O ponto representa um significado não expresso, como o faz nas abreviaturas das palavras. Repare-se que em 10º é necessário indicar a seguir qual a unidade de medida: Celsius, Fahrenheit: 10º C ou 10º F. Ao passo que o ponto em 10.º serve para marcar taxativamente que se trata de um ordinal, sem necessidade de outras indicações. (...)»

  [[Sobre esta controvérsia, O ponto é ou não obrigatório para marcar uma abreviação?, ver ainda; «Dizer que é erro escrever "quarta" como "4ª"... é erro, mesmo», + Porquê o ponto nas abreviaturas– e já não nas siglas.]

Se se quer seguir a norma, deverá utilizar-se o ponto abreviativo a seguir ao número relativo ao numeral ordinal (1.º, 3.ª, 35.º…). Quanto à sigla, inicialmente era utilizado um ponto após cada uma das letras, mas a sigla acabou por se constituir como um processo de formação de palavras, sendo sentida globalmente como uma nova palavra, desaparecendo, pois, o ponto no final de cada letra. (...)

[Sobre esta controvérsia, O ponto é ou não obrigatório para marcar uma abreviação?, ver ainda; «Dizer que é erro escrever "quarta" como "4ª"... é erro, mesmo»O ponto nas reduções dos ordinais, na tradição do português europeu.]

O professor e o cumprimento das metas

Ministério da Educação impõe, ao corpo docente, metas de sucesso, a alcançar em cada ano de escolaridade, iguais ou superiores a 90% (o objectivo é conseguir 100%!).

<i>Pokémon</i>, <i>poquémon</i>

O mês de julho de 2016 ficou marcado pelo lançamento do jogo Pokémon Go, cujo nome no uso em português levanta muitas questões – morfológicas, fonéticas e ortográficas.

D'Silvas Filho dá uma achega à reflexão sobre  emprego mais adequado de Pokémon, quer como nome próprio quer como item do léxico comum.

Que ordem linguística para a nova União Europeia?
O "Brexit" e as alternativas em aberto

Ao artigo A Torre de Babel da União Europeia, sem o Reino Unido. E agora?, assinado no Público do dia 6 de julho de 2016 pelo economista e professor universitário português António Bagão Félixrespondeu, no mesmo jornal* , contestando os seus argumentos, o advogado e esperantida luso-angolano Miguel Faria de Bastos.

* com a data de 18/07/2023

Que ordem linguística para a nova União Europeia?
O Brexit e as soluções alternativas em aberto.

« (…) Tudo vai passar pela expressão generalizada do bilinguismo: a língua materna e um segundo idioma. E, para este, o Inglês tomou definitivamente a dianteira, enquanto a língua mais universal e “neutra”, na falta de um qualquer esperanto que fracassou (…)».Azar do colunista, logo nesta introdução perentória. (...)»

[in"Público" o dia 18/07, em resposta ao artigo "A torre de Babel da União Europeia, sem o Reino Unido. E agora?”, assinado por António Bagão Félix, no mesmo jornal de 5/07]

O professor

O professor é um "mangas-de-alpaca" e, para muitos, até é bom que assim seja, já que percebem mais de grelhas, de tabelas e afins do que de língua portuguesa, por exemplo, uma vez que...

A Torre de Babel da União Europeia, sem o Reino Unido. E agora?

24 línguas oficiais e de trabalho e 10 outras étnicas ou regionais, configuram uma verdadeira Torre de Babel... europeia. Uma reflexão do autor sobre as consequências, também nesta vertente, da saída da Grã Bretanha da União Europeia.

[Transcrição, com a devida vénia, da edição digital do  jornal "Público" de 6 de julho de 2016, conforme a norma anterior ao Acordo Ortográfico.]

As línguas na Europa: o que mudará com o <i>Brexit</i>?
Por MIME (Mobilidade e Inclusão na Europa Multilingue)

«O que faz falta à Europa é uma abordagem de política linguística que vá além da opção "por defeito" da simples submissão à hegemonia e ao domínio do inglês», escrevem os autores* deste artigo dado à estampa no jornal "Público" no dia 1/07/2016.

coordenadores de equipas no consórcio europeu de investigação "Mobilidade e Inclusão na Europa Multilingue" (MIME).

O inglês, língua oficial da União Europeia, <br> mesmo depois do Brexit?

Com a saída do Reino Unido da União Europeia – o já tão generalizado Brexit, no original da língua hegemónica da globalização económico-financeira –, tem sentido o inglês manter-se como língua oficial das instituições comunitárias? É o que questiona o jornalista português Eduardo Oliveira e Silva, no artigo "Brexit: a vitória da mentalidade tabloide", publicado no jornal “i” de 29/06/216 (...).