Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Classes de palavras
Jamily Aguirre Marques Vestibulanda Cachoeirinha, Brasil 1K

Como saber quando um verbo é ou não intransitivo de fato?

Na frase: «A professora agiu favoravelmente aos alunos», o verbo agir é verbo transitivo direto ou verbo intransitivo?

Mesmo existindo "tabelas" na Internet de verbos intransitivos, existem casos em que esses verbos têm complementos.

Enfim, na frase acima, como posso classificar o verbo?

Obrigada.

Júlio Alberto dos Santos Branco Professor de Português Porto, Portugal 1K

Qual a função sintática desempenhada por dele na frase : «soube muito bem meter-se na pele dele.»?

Carla Moreira Professora Ponta Delgada, Portugal 2K

A dúvida coloca-se em relação à frase:

«Os conteúdos são os que saíram no último teste.»

O meu entendimento é o seguinte:

«Os conteúdos são os que saíram no último teste» = «os conteúdos são os [conteúdos] que saíram no último teste» = «os conteúdos são aqueles que saíram no...»

Predicativo do Sujeito – os [conteúdos/aqueles] que saíram no último teste – or. subordinada adj. relativa restritiva

Função sintática do pronome relativo – sujeito («os conteúdos saíram no último teste»)

Função sintática da oração subordinada: modificador do nome restritivo (= «os conteúdos 'saídos' no último teste»; «os conteúdos já avaliados»).

Na gramática de Lindley Cintra e Celso Cunha, lê-se:

«As orações subordinadas adjetivas vêm normalmente introduzidas por um PRONOME RELATIVO, e exercem a função de ADJUNTO NOMINAL, de um substantivo ou pronome antecedente» (os destaques são dos autores).

O exemplo dado para a situação em que o pronome é o antecedente é:

«O/que tu vês/é belo;/mais belo o/que suspeitas;/ e o/que ignoras/muito mais belo ainda» (Raul Brandão).

Vejo este exemplo como equivalente apresentado em cima. Bem sei que esta gramática está desatualizada e eu não tenho trabalhado com a nova terminologia gramatical (Dicionário Terminológico – DT), mas as atualizações não ocorreram na classificação básica da subordinação (adverbiais/adjetivas/substantivas), pois não?

A verdade é que o DT apresenta o «o que» como introdutor da oração subordinada substantiva relativa, embora sem dar exemplos. Poderá ser uma gralha?

Como ensino, sobretudo, Latim, sempre que tenho dúvidas, recorro à gramática latina. Este tipo de construção (pronome antecedente da oração relativa) é muito comum em latim:

Is qui aliēnum appĕtit suum amittit (Fedro): «aquele que cobiça o alheio perde o seu» (Is – pronome demonstrativo, no nominativo singular masculino; qui – pronome relativo, no nominativo singular masculino) (...)

atque ea quae animos effeminant important (César): «(...) e importam aquelas coisas que efeminam os espíritos» (ea – pron. demonstrativo, no acusativo plural neutro; quae – pronome relativo no nominativo plural neutro).

Do mesmo modo, tenho dificuldades em compreender a classificação de oração subordinada substantiva relativa em exemplos como «Não sei [O QUE DISSESTE]», lido num outro esclarecimento vosso, pois vejo o o como antecedente do que, podendo ser substituído por aquilo, e assumindo a oração subordinada um valor atributivo («Não sei aquilo que foi dito por ti/Não sei o dito por ti»).

Escrevendo esta oração subordinada em latim, não teria alternativa a não ser a subordinada relativa com o pronome no neutro: Nescio QUOD dixisti.

Agradeço os esclarecimentos que me possam dar, pois eu e diversos colegas não conseguimos chegar a um entendimento.

Ana Santos Professora Ponta Delgada, Portugal 1K

Na frase «Ele portou-se corretamente», o advérbio tem a função sintática de complemento oblíquo?

Obrigada!

Maria Arminda Duarte Pinheiro Professora de Português Pombal, Portugal 2K

Nas frases

«A Joana mora com a Maria.»

«Ambas moram em Leiria.»

«O António vai morar para Lisboa.»

As expressões «com a Maria», «em Leiria» e «para Lisboa» desempenham todas a função sintática de complemento oblíquo?

Surgiu-me esta "dúvida tola" quando tentava aplicar várias preposições a este verbo intransitivo e, como não encontrei nenhuma gramática onde constem todas as preposições que podem ser usadas com alguns destes verbos (como no caso de «ir a, com, contra, de, para, por») senti necessidade de recorrer aos vossos prestimosos serviços.

Grata.

Maria Marques Enfermeira Lisboa, Portugal 1K

Na frase «Ao fim de um mês foi bater à porta da mãe», «ao fim» é uma locução adverbial de tempo?

Lydia Rodrigues Estudante Brasil 1K

Na oração «Em 2021, o uso desse tipo de remédio foi 31% maior que em 2018», a palavra maior é um adjetivo, está correto?

Mas o adjetivo caracteriza um substantivo, então qual é o substantivo que maior caracteriza? Seria «31%»? Então «31%» é um substantivo?

Todo número, em porcentagem ou não, vai ser um substantivo?

Belarmino Nunes de Almeida Professor Carregal do Sal, Portugal 1K

Na frase «Elas compraram um terço perto da catedral», qual a classe de um: determinante ou quantificador?

Penso que o verbo comprar implica uma quantidade, logo na minha opinião será um quantificador cardinal. Contudo, deparei-me com um colega que afirma que é um determinante.

Gostaria de tirar esta dúvida.

Gina Pereira Professora Albufeira, Portugal 3K

Na frase «Poucas pessoas me compreendem tão bem quanto tu», podemos substituir o quantificador existencial poucas, por outros quantificadores existenciais como várias, algumas, mantendo o mesmo sentido?

Obrigada.

Adelina Pamplona Professora Póvoa de Varzim, Portugal 1K

Na frase «queremos alcançar as metas o mais rapidamente que formos capazes», o vocábulo que pertence a que classe e subclasse?