O critério para distinguir verbos transitivos de verbos intransitivos está dependente do facto de estes selecionarem ou não argumentos/ complementos. Estes argumentos/ complementos poderão corresponder a constituintes que desempenham a função de complemento direto, indireto ou oblíquo (complemento relativo). Nas fases abaixo, sublinham-se estes complementos. A sua presença na frase indica que o verbo é transitivo:
(1) «Eu leio este livro.» (complemento direto)
(2) «O livro pertence à Rita.» (complemento indireto)
(3) «Eu gosto da sua escrita.» (complemento oblíquo ou complemento relativo)
Os dicionários e as gramáticas apresentam, com efeito, listas ou classificações que visam distinguir os vários tipos de verbos. No entanto, é importante que se saiba que estas classificações não são definitivas porque, em determinados contextos, os verbos poderão alterar o seu comportamento sintático. Assim, por exemplo, o verbo ver, que normalmente é usado como transitivo, como em (4), em certas construções pode ser usado intransitivamente, como em (5):
(4) «Ele viu a luz do candeeiro.»
(5) «Estes organismos não veem.»
Na frase apresentada pela consulente, o verbo agir é usado intransitivamente, desempenhando o constituinte «favoravelmente aos alunos» a função de modificador (adjunto adverbial).
Note-se, porém, que o verbo agir pode ser usado transitivamente em construções que exigem um complemento oblíquo (relativo), tal como acontecem em (6):
(6) «Ele agiu sobre os culpados.»
Disponha sempre!