Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Variedades linguísticas
Carlos Alves Portugal 8K

O centralismo da comunicação social em Lisboa conduz à adopção de termos tipicamente lisboetas. Por exemplo o termo «bilha» não é usado no resto do país. Ouvi na TSF «...dois homens dos Bombeiros Voluntários do Cacém estavam a encher uma bilha de oxigénio», quando a utilização da palavra «garrafa» me parece mais adequada.

Dalila Custódio Professora Portugal 5K

Este ano lecciono apenas 8.ºs anos.
Recentemente, surgiu-me uma dúvida a propósito de uma reclamação de uma aluna. Na composição de um teste, a aluna utilizou "népia", "seca", "porreiro" e "pachorra" sem aspas e, apesar de algumas destas palavras terem já passado ao nível familiar, achei que as aspas seriam necessárias.
O contexto era um convite que dirigia a um amigo, justificava-se a utilização de vocabulário familiar. Na literatura juvenil, em textos de autores portugueses, elas não surgem habitualmente entre aspas. Todavia, esse tipo de liberdade de escrita não costuma ser aceite nos Exames Nacionais, nem nas Provas de Avaliação Sumativa Externa do 9.º Ano. Tanto mais porque é quase impossível sabermos se determinada palavra deixou já de ser calão ou não... Donde, a minha dúvida persiste. Aspas ou não?
Com os meus melhores cumprimentos,

Carlos Marques Brasil 19K

No Brasil fala-se muito da «Pomba Gira». Bem, este «gira» tem o mesmo sentido que lhe dão em Portugal? Ou seja, trata-se de uma pomba bonita, elegante, inteligente, divina, etc.? Já encontrei, por exemplo, num romance do Jorge Amado a expressão «xpto», escrita por extenso, então venho a pensar se o «gira» que adjetiva a pomba não poderia se ter originado por aí.
Muito obrigado.

Diamantino Moreira Portugal 5K

Sou natural de Vila Nova de Gaia, e as pessoas aqui têm o hábito de dizer: «apoleia essa pedra», «vou apolear uma pedra para o mar», etc. Qual é a origem desta palavra?

Ana Cecília Brasil 29K

Estudando para um concurso em uma certa apostila fiquei na dúvida com a seguinte frase: «o uso do artigo diante do possessivo adjetivo é facultativo, mas se o pronome for substantivo o uso é obrigatório.»
Esta frase está correta ou tem alguma palavra errada? Por exemplo, "pronome adjetivo" em vez de “possessivo adjetivo”, ou talvez “proibido” em vez de “obrigatório”?

Eugênio Geppert Florida, EUA 9K

Achei três exemplos na Internet do verbo «acontecer» numa oração negativa seguido da preposição «de» + infinito pessoal. É a regência do verbo que determina esta construção? Eis os exemplos:
1. «Quase não acontece de um estudante atravessar o corredor para pular na cama de uma colega.»
2. «Quanto ao seu último post, quase não acontece de eu saber o nome das pessoas e elas não saberem o meu.»
3. «... quase não acontece de eles fixarem seus interlocutores de frente.»

Diamantino Cunha Lisboa, Portugal 7K

Há dias, ao pensar utilizar o termo «madrinha da pia», resolvi peregrinar pelos meus sacrossantos: Ciberdúvidas, Linguateca, os on-line Houaiss e Grande Dicionário Universal...
E qual não é o meu espanto, talvez mais decepção, ao não encontar em lado algum o título dado à piedosa senhora que, no meu baptizado, em terras da antiga Anégia, Penafiel, me transportou, ao colo, até à pia ba(p)tismal!
Não será por isso que eu deixarei de a referir nos meus escritos, mas...
Será que as «madrinhas da pia» terão passado apenas pela minha aldeia? (vila)... quem sabe se incorporadas numa das "arruadas" que por lá ainda se realizam, pela festa do Senhor dos Remédios?...
Grato, desde já, pela vossa prestimosa ajuda, com um abraço, do tamanho do nosso muito querido Ciberdúvidas, companhia diária de quem gosta de saber mais.

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Brasil 9K

Na língua portuguesa, o “e” das terminações “em” ou “ens”, da sílaba tônica das palavras oxítonas ou agudas, recebe um acento agudo, que indica, além de tonicidade, timbre aberto. Exemplos: “armazém”, “reféns”, “Belém”, “palafréns”, etc.

Ocorre, entretanto, que, no português do Brasil, o supramencionado “e” não é pronunciado com timbre aberto, mas sim fechado. Dizemos, na verdade: “armazêm”, “refêns”, “Belêm”, etc.

Em face disto, pergunto-lhes: por que os brasileiros usam essa acentuação gráfica que nada tem que ver com a pronúncia normal brasileira? Ela seria uma acentuação gráfica que corresponderia à pronúncia dos portugueses e que foi imposta a nós brasileiros? Como vocês, aí na Europa, pronunciam o “e” da sílaba tônica das palavras acima mencionadas e de outras do mesmo gênero?

Muito obrigado.

Ana Andrade Lisboa, Portugal 5K

Devo dizer “bitaite” ou “bitate”?
Não tendo encontrado a palavra no dicionário, presumo que se trate de um coloquialismo.
Obrigada.

Andreia Lopes Portugal 3K

Gostaria ainda de saber qual o nome dado ao conjunto de peças em fila.
Obrigado mais uma vez. E parabéns pelo site.