O natural de Genebra
Como se designa um habitante/natural de Genebra? Genebrino, ou genebrense?
Obrigado.
A regência de desconfiar
Há dias, li num jornal esta notícia:
«Sobre o novo aeroporto, o novo líder do PSD pediu ao Governo para se deixar de brincadeiras. Menezes desconfia de que Sócrates já decidiu e não quer dizer nada aos portugueses. Isto de manhã. À tarde, Cavaco Silva garantiu solenemente aos portugueses que o primeiro-ministro lhe jurara que não há nenhuma decisão tomada. E ele, Cavaco, acredita em Sócrates. Fim de tarde Menezes aplaude Cavaco. A ver se percebemos: Cavaco diz que Menezes não tem razão, põe-se ao lado de Sócrates e Menezes aplaude-o? Faz de conta que o líder do PSD teve apenas um dia mau [...] »
A minha dúvida é: «desconfia de que», ou «desconfia que»?
Obrigada.
A sintaxe de considerar
Gostava que alguém do Ciberdúvidas comentasse esta (para mim) impropriedade:
«[...] José Lello, responsável do PS pelo pelouro das Relações Internacionais, considerou ao DN que Durão Barroso "já devia ter dito isto há mais tempo". A invasão do Iraque – acrescentou – "foi uma armação que caíram alguns líderes internacionais". "Deveriam ter tido mais contenção em relação a informações pouco consistentes", acrescentou. [...]»
João Pedro Henriques, DN, 19-11-07
Muito obrigada.
A colocação da vírgula em frases como «Quem vive em Lisboa, sabe»
Será correcta a colocação da vírgula em frases deste tipo: «Quem vive em Lisboa, sabe.»
«Quem vive em Lisboa...» não funciona como sujeito?
Obrigada!
O plural dos grupos étnicos hútu e tútsi
Tenho uma dúvida que gostaria de ver esclarecida, porque tem suscitado alguma controvérsia no meu círculo de colegas. Em kiswahili, o plural dos grupos étnicos Hutu e Tutsi é formado com "bahutu" e "batutsi", e não leva artigo. Como é formado o plural destes grupos em português? Devo dizer os "Hutu/Tutsi" ou os "Hutus" e "Tutsis"?
Obrigada.
O significado da palavra revez
Existe em português a palavra revez? Se existe, o que significa?
As contrações e variantes de para: pra, prá, pro, etc.
A forma reduzida da palavra para não deveria tornar-se "prá" (com acento), visto que as monossílabas tônicas terminadas em a são acentuadas: pá, vá, cá, má...? E «para o» não deveria tornar-se "prô" (também com acento), como "vô", "pô"...?
Tempo e modo nas construções condicionais
Desde já gostaria de felicitar o vosso trabalho! Quero também fazer uma pergunta, porque, como diz, «Ter dúvidas é saber!».
Relativamente à seguinte frase:
«Se o Padre António fosse vivo, talvez não mudasse uma vírgula aos seus Sermões.»
Estou com alguma dificuldade em analisá-la. É uma oração subordinada integrante? O uso do pretérito imperfeito do conjuntivo na frase acima transcrita é justificado por se pretender transmitir uma ideia de relatividade e de hipótese?
Agradecia que me pudessem ajudar.
«Médico picareta»
Usa-se picareta para expressar sobre um profissional não habilitado que improvisa e pode causar prejuízos na sua atividade? Ex.: «médico picareta» = «péssimo médico».
Estrangeirismos e itálico
Encontro-me neste momento a traduzir para português um texto inglês com inúmeras referências a música, estilos musicais e afins.
Ora, ao referir os ditos estilos, surgiu-me uma dúvida: ainda que os substantivos "rock" e "jazz", por exemplo, estejam há tanto tempo instalados na nossa língua que se tornou comum grafá-los "em redondo", quando, no mesmo texto, tenho de referir "punk", "disco", "ska", "gospel", "techno", "trance", "acid", e tantos outros, parece-me que devo fazê-lo recorrendo ao itálico, uma vez que são palavras de origem estrangeira e que ainda não foram aportuguesadas (aliás, como "rock" e "jazz" também não foram).
Como tal, peço apenas a vossa opinião: por uma questão de coerência, não será melhor eu grafar todos estes substantivos em itálico, uma vez que se inserem no mesmo texto? De outro modo, como poderia justificar o recurso ao itálico apenas para alguns, deixando os restantes em redondo?
Desde já, o meu obrigado e, como sempre, os meus parabéns pela continuação deste vosso sítio.
