Reparei, outro dia, no slogan de uma determinada marca de champô, que diz o seguinte: «Cabelos secos, com tendência a ganhar jeitos?» A minha dúvida coloca-se na maneira como está conjugado o verbo ganhar. Será que não devia ser «Cabelos secos, com tendência a ganharem jeitos?» O sujeito da frase está no plural («cabelos»), portanto o verbo deveria concordar com o mesmo, certo?
Esclareçam-me, por favor.
Obrigada e parabéns pelo sítio na Internet!
A expressão «vem-me o comer à boca» está correcta?
Uma empresa compradora impõe um texto a todos os seus fornecedores (condições gerais de compras) onde estes aparecem como «contratantes». Não deveria ser antes «contratados»? Será que é indiferente?
Obrigado pelo esclarecimento.
Qual o plural de araçá? "Araçás", ou "araçais"?
Ouço muitas vezes as pessoas a dizerem para colocar a expressão ou palavra «a negrito», mas a forma correcta não será «colocar a negrita»? Qual das duas se aplica?
Gostaria que me tirassem esta dúvida.
Gostaria de saber qual o grau aumentativo e diminutivo de convento.
Será que é incorrecto dizer-se «adormeceu-se»?
«O menino adormeceu-se no sofá», ou «O menino adormeceu no sofá»?
Ou é correcto dizer das duas maneiras?
Gostaria que me esclarecessem uma dúvida. O correto é dizer «Paulo é gémeo de Pedro», ou «Paulo é gémeo com Pedro»?
Muito obrigada pela costumeira atenção.
«O sentido da regra é a simplificação [Iluminou-me!]. Pára tem tido acento para não se confundir com a preposição para, mas a verdade é que o contexto normalmente evita a confusão.
Tem de aceitar que as frases que apresenta são todas agramaticais, se considerarmos a grafia para sempre uma preposição [Tenho de aceitar? Que com a nova ortografia o texto perca coesão e gramaticalidade? Aliás, onde disse eu que era para tomar "para" sempre como preposição? Como disse, o texto resultou deu um jogo caricato entre as duas formas. Falha na interpretação lógica do texto!?]
a) Escrever duas preposições iguais seguidas contraria as regras, a não ser quando usadas enfaticamente [Aí é que está o problema. Não tenho nenhum caso desses no meu texto — nem quero ter!]
b) A vírgula no fim da terceira frase deixa a ideia em suspenso se quisermos considerar o segundo para como uma preposição [Desisto...]
c) A última frase está igualmente incompleta se considerarmos a grafia para sempre uma preposição (para isto, para aquilo e para mais aquilo… o quê?...) [Já percebi a ideia — e já percebi que não percebeu ou lhe não interessou perceber a questão em causa...]
O treino no uso da língua permite normalmente avaliar se o conjunto escrito tem coesão. Se aparentemente não o tem, o cérebro humano tende a corrigir o defeito em busca dum sentido coerente, para entender a mensagem (é essa ainda a sua grande vantagem em relação às máquinas, que ficam penduradas quando lhes aparece uma novidade no programa) [Genial!].
Por outro lado, o escritor que verdadeiramente se preocupa com os seus leitores usa as suas palavras por forma a que no contexto não haja ambiguidades (ex.: "Interrompe o que está a fazer, para que possas reflectir!") [Parece que para este Sr. uma língua se resume à prosa jornalística... Em outros registos, a ideia de se preocupar com o leitor é, no mínimo, questionável e debilitadora do que é a arte e a criação literária... Renegaremos centenas de séculos de poesia? O texto que escrevi não é legítimo? Só pode sobreviver mutilado, com o acordo? Ridículo!]
No caso de o escritor pretender a ambiguidade e não se preocupar muito com a perfeição do texto [Perfeição? Que perfeição? Poética? Musical? Gráfica? Retórica? Gramatical? Léxica? Conceptual? De conteúdo? Jornalística?], então até convém que a riqueza da língua o permita [Sem comentários...] Exemplo: "Para a decisão Alcochete, para o projecto Ota, de quem são os interesses beneficiados?” A segunda grafia de para pode dar vários sentidos à ideia: para sempre preposição permite pensar que havia interesses beneficiados quer numa solução quer na outra; com o segundo para forma verbal, o
interesse seria de todos nós, nacional… ou muito o dos defensores da margem sul?...»
Já agora, para que não restem dúvidas:
«Pára para que possas reflectir,
pára para que possas sonhar calmamente,
para que o teu trabalho seja frutuoso, pára,
pára para olhar o teu redor
com a placidez dos sábios.
Pára com as soluções gratuitas,
pára com o facilitismo imprudente
para com a melhor das intenções
singrares depois num áureo caminho.»
Estou de momento a realizar um trabalho sobre azeite, nomeadamente sobre o seu processamento. Ao consultar diversa bibliografia deparo-me com uma dúvida: sempre pensei que as águas residuais resultantes da extracção de azeite se denominavam "águas-ruças", mas o facto é que em vários documentos/artigos encontro referências a "águas-russas".
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações